Indústria avança em agosto com força de novos negócios, mas câmbio limita crescimento

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A demanda aumentou em agosto e a indústria brasileira registrou a mais forte entrada de novos trabalhos em quatro meses, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira, embora a desvalorização do real tenha contido o setor.

 

O PMI divulgado pelo IHS Markit foi a 51,1 em agosto de 50,5 no mês anterior, chegando a uma máxima de quatro meses e indicando fortalecimento das condições operacionais. Leitura acima de 50 aponta crescimento do setor.

 

Os entrevistados citaram novas coleções, elevação da base de clientes e melhora da demanda para o aumento dos novos trabalhos ao maior nível desde abril, impulsionando a produção pelo segundo mês seguido.

 

Os produtores de bens de consumo superaram os de bens intermediários tanto em vendas quanto em produção, enquanto o subsetor de bens de capital permaneceu em contração, de acordo com o IHS Markit.

 

Apesar dessa melhora, os empresários reduziram o número de funcionários devido às tentativas de cortar gastos em meio aos fortes aumentos dos custos. Isso porque a inflação dos insumos chegou em agosto ao nível mais elevado desde julho de 2008, com citações de aumento de preços em geral ligado à depreciação do real frente ao dólar.

 

"Com a inflação dos custos quebrando o pico de 10 anos, os produtores se tornaram mais conscientes de seus gastos reduzindo as compras de insumos e cortando empregos", destacou a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima.

 

As categorias de bens intermediários e de capital foram as que mais sofreram, enquanto a de produtos ao consumidor registrou ligeira desaceleração.

 

Ainda assim, as expectativas de condições econômicas melhores, intenções de investimento, diversificações de produtos e previsões de mais vendas sustentaram a confiança positiva para os próximos 12 meses no setor industrial. Em agosto, o otimismo chegou a uma máxima de quatro meses.

 

Fonte: Reuters

 

 

 


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