Os analistas do mercado financeiro pioraram as previsões para alguns dos principais indicadores econômicos, mostrou o relatório Focus, realizado pelo Banco Central (BC) e divulgado ontem (03).
A mediana das expectativas de 72 economistas consultados pela autoridade monetária em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 passou de uma expansão de 1,47% (anunciada no documento da semana passada), para alta de 1,44% na pesquisa mais recente.
Essa revisão é a segunda para baixo seguida e veio após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que o PIB do segundo trimestre apresentou um ligeiro aumento de 0,2%, na comparação com os três primeiros meses deste ao.
Nesse cenário de incertezas política e econômica, tanto doméstica quanto internacional, os analistas aumentaram as perspectivas para o câmbio ao final deste ano, de R$ 3,75 por dólar, para R$ 3,80. Ontem, a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 4,1506, um acréscimo de 2,12% comparado ao resultado da última sexta-feira (31/08).
Por outro lado, no caso da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mercado – mediana de 113 respondentes – mudou, de 4,17% para 4,16%, o prognóstico para o fechamento do indicador em 2018. Contudo, essa revisão pode ser explicada pela frustração com o ritmo da atividade econômica doméstica.
No acumulado do ano até julho, o IPCA está em 2,94%, também segundo os últimos dados do IBGE.
Para o ano que vem, a mediana das projeções para o crescimento do PIB segue em 2,50%, da mesma forma que continua em R$ 3,70 por dólar para a taxa de câmbio. Já em relação à inflação, espera-se um IPCA fechado em 4,12%, ante 4,11% previstos no relatório Focus apresentado na semana passada.
Fonte: DCI