Os analistas das instituições financeiras subiram a estimativa de inflação para este ano pela sexta semana consecutiva e também passaram a prever uma alta maior dos preços em 2019.
As expectativas constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Banco Central. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o mercado financeiro elevou a previsão de 4,43% para 4,44% para este ano.
Mesmo assim, a expectativa do mercado ainda segue pouco abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2019, os economistas das instituições financeiras aumentaram sua expectativa de inflação de 4,21% para 4,22%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Produto Interno Bruto
Para o crescimento do PIB deste ano, a previsão do mercado financeiro permaneceu em 1,34% na semana passada. O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia foi reduzida de 2,50% para 2,49%. Os economistas dos bancos não alteraram, porém, a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021 – que continuou em 2,5% para esses anos.
Outras estimativas
· Taxa de juros - O mercado manteve estável em 6,50% ao ano a estimativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018 – atual patamar e piso histórico. Para o fim de 2019, a expectativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
· Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 recuou de R$ 3,81 para R$ 3,75 por dólar. Para o fechamento de 2019, permaneceu estável em R$ 3,80 por dólar.
· Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 ficou estável em cerca de US$ 55 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 45,5 bilhões para US$ 46 bilhões.
· Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, caiu de US$ 68 bilhões para US$ 67 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas recuou de US$ 75,65 bilhões para US$ 70 bilhões.
Fonte: G1