O estoque da dívida interna brasileira recuou 0,07%, ao passar de R$ 3,630 trilhões em agosto, para R$ 3,628 trilhões em setembro, mostram dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), divulgados na última semana.
Isso ocorreu devido ao resgate líquido de R$ 26,77 bilhões, compensado, em parte, pela apropriação positiva de juros, de R$ 24,22 bilhões. Dentre os detentores da dívida interna, as instituições financeiras, os fundos de investimentos e os estrangeiros diminuíram participação no endividamento do País.
No caso das financeiras, o estoque foi reduzido em R$ 3,96 bilhões, passando de R$ 830,82 bilhões para R$ 826,87 bilhões. Assim, a participação relativa do grupo passou de 22,88% para 22,79%.
Os fundos de investimento, por sua vez, também diminuíram seu estoque, em R$ 5,76 bilhões, alcançando R$ 948,53 bilhões em setembro. Este é o grupo com maior participação relativa: 26,14% no mês.
Já os não-residentes apresentaram queda de R$ 9,21 bilhões em seu estoque, o que levou a participação relativa do grupo de 11,92% para 11,67%. Observa-se que os não-residentes possuem 89,80% de sua carteira em títulos prefixados, enquanto a carteira da Previdência é composta de 51,86% de títulos vinculados a índices de preços.
Aumento
Por outro lado, o grupo Previdência apresentou variação positiva em seu estoque, passando de R$ 911,87 bilhões para R$ 919,90 bilhões, entre agosto e setembro. Com isso, sua participação relativa subiu para 25,35%, diz a STN. Já o governo apresentou participação relativa de 4,20% em setembro e o estoque das seguradoras encerrou o mês em R$ 144,76 bilhões.
A dívida total (que inclui o endividamento externo e interno) apresentou redução, em termos nominais, de 0,16%, de R$ 3,785 trilhões, em agosto, para R$ 3,779 trilhões, em setembro. Esta variação deveu-se ao resgate líquido, no valor de R$ 26,73 bilhões, descontado parcialmente pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 20,55 bilhões.
Somente com relação à dívida externa, houve redução de 2,34% sobre o estoque apurado em agosto, encerrando o mês de setembro em R$ 151,12 bilhões (US$ 37,74 bilhões), sendo R$ 136,71 bilhões (US$ 34,14 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 14,42 bilhões (US$ 3,60 bilhões), à dívida contratual.
Fonte: DCI