São Paulo - Os preços praticados no município de São Paulo, de acordo com o Custo de Vida por Classe Social (CVCS), aceleraram em setembro, passando de uma estabilidade (-0,01%, em agosto) para a alta de 0,59%.
Entre janeiro a setembro de 2018, o custo de vida dos paulistanos avançou 3,08% e, nos últimos 12 meses, a variação ultrapassa 4,84%, divulgou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
No mesmo período de 2017, verificava-se elevação de 2,09% em 2017 e de 3,25% nos últimos 12 meses findos em setembro daquele ano. Apenas o segmento de Vestuário (-0,05%) encerrou o nono mês de 2018 com decréscimo em seus preços.
Já Transportes, com alta de 1,56% a atividade foi a principal responsável pela aceleração do custo de vida no mês passado. Em 2018 o grupo acumula variação positiva de 2,40% e de 6,03% nos últimos doze meses disponíveis. Este grupo possui ponderação de, aproximadamente, 21% no cômputo geral do CVCS.
A oscilação de 0,42% nos Alimentos e bebidas também corroborou com a aceleração do custo de vida em setembro. Tanto no cômputo dos 12 últimos meses disponíveis (5,13%) como no acumulado de 2018 (4,12%), os alimentos retratam alta real, pois superam a média da inflação para o período.
Outro segmento que favoreceu a escalada dos preços para as famílias do município de São Paulo é o de Habitação, tendo em vista o acréscimo de 0,51% em setembro, 7,96% no dado anualizado e 4,98% acumulando em 2018.
Expectativa
Ainda ontem, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que, de modo geral, a expectativa dos consumidores brasileiros para a inflação nos próximos 12 meses variou 0,1 ponto percentual em outubro para 5,7%, retornando ao nível de agosto deste ano. Na comparação com o mesmo período no ano anterior, houve queda de 0,7 ponto percentual (p.p).
“O resultado mostra ao longo dos últimos meses, uma expectativa de inflação dos consumidores bem ancorada. Apesar de uma elevação das expectativas do mercado para o próximo ano, o consumidor continua mantendo suas expectativas de inflação estáveis”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV/IBRE, em nota.
Em outubro, a expectativa caiu para todas as faixas de renda exceto para famílias com renda mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 (+ 0,4 p.p).
Fonte: DCI