Entidades empresariais apresentaram ao futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), uma proposta de criação do Ministério da Produção, Trabalho e Comércio. A ideia é reunir as áreas ligadas à produção e à geração de emprego numa mesma pasta.
O pedido ocorreu poucos dias após o anúncio de um superministério da Economia, que reuniria as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, sob o comando de Paulo Guedes.
O pedido foi apresentado numa reunião com Onyx na semana passada em Brasília. O futuro ministro ficou de tratar do assunto com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, segundo representantes das entidades.
— Precisamos de uma estrutura que funcione e não de um superministério. O que vai resolver o problema do desenvolvimento do país é sentar e trabalhar — afirma Fernando Figueiredo, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que endossa a proposta e cita outras instituições que dão aval ao pedido, como Anfavea (montadoras), Abimaq (máquinas), Abinee (eletrônicos), Abrinq (brinquedos), Abit (têxtil), AEB (Associação de Exportadores do Brasil) e Instituto Aço Brasil.
Figueiredo defendeu o enxugamento do número de ministérios e afirmou que é preciso conciliar todas as etapas da produção.
Outro representante de entidade industrial diz que o setor recorreu a Onyx por avaliar que Guedes seria menos receptivo à proposta. Na semana passada, o futuro ministro da Economia fez críticas ao setor, dizendo que salvaria a indústria, apesar dos industriais.
A avaliação das entidades é que o Ministério do Trabalho apresenta entraves à produção. Na pauta de propostas, o setor reivindica uma reforma tributária, privatização de portos e rodovias e a efetivação do programa Reintegra, de crédito tributário para exportações.
Fonte: O Globo/RJ