O consumidor já começa a sentir no bolso o aumento no preço de algumas frutas, legumes e verduras. De acordo com o índice de elevação de preços da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) as frutas encareceram 5,01% e os legumes 9,01%.
Exemplos dos campeões de preço são o abacate, tangerina, cebola, alho e a batata. Mas o vilão da cesta básica tem sido mesmo o tomate. Neide Chaves afirma que todos os preços têm aumentado e não consegue mais encontrar os que ficavam estáveis. No entanto, "o tomate foi o que eu percebi que disparou".
Com variações entre quatro e seis reais, os tomates do tipo italiano estavam em quase todas as bancas da feira visitada pelo Diário desta semana, porém em menor quantidade. O feirante Victor Hugo comenta que tem trabalhado com os preços em alta há mais ou menos 6 meses e afirma que preço da fruta foi um dos que mais subiu.
"Há o que chamamos de safra e entressafra. Além disso, no mês de outubro e agora em novembro tivemos um período de chuvas muito grande. Muitas plantações fora perdidas, e o que sobrou ficou mais caro", explicou.
Além do tomate, o abacate do tipo avocado também dobrou de valor. A feirante Eloísa Helena conta que um deste tipo está custando quatro reais, quando em seu preço normal vale dois.
Outros dois consumidores, Edivaldo Barbosa e Marilúcia da Silva, comentam que os preços estão em alta há algum tempo e isso faz com que eles procurem lugares mais baratos para fazer as compras. O rapaz diz que normalmente costuma conseguir comprar tudo o que deseja na feira, mas tem ido à mercado também para ver se encontra mais variedades.
Próximas semanas
Há uma expectativa que os preços continuem em alta por causa da próxima estação que está para começar: o ¬verão.
A estudante de Engenharia Química, Letícia Firmino, diz que o tomate é uma fruta que já tem muita água e, nessa época que antecede o verão, há uma época de chuva muito grande.
"Além disso, o sol também é muito forte, o que acaba prejudicando o cultivo do produto e estragando muito mais fácil. Ele pode ficar também com a pele ¬danificada, tornando os frutos restantes que estão em bom estado muito mais caros para compensar a perda dos que estragaram", conclui.
Fonte: Diário do Litoral