O Índice de Custo de Vida (ICV) na cidade de São Paulo teve alta de 0,43% em janeiro. A inflação medida pelo indicador do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) acumula uma elevação de 3,35% em 12 meses, de fevereiro de 2018 a janeiro último.
A inflação deste início de ano atingiu com mais força as famílias com menor renda, que ganham em média até R$ 377,49. Para esse grupo, a alta no custo de vida em janeiro ficou em 0,58% e 3,52% no acumulado dos últimos 12 meses. As famílias do grupo com renda média de R$ 2.792,90 tiveram uma inflação de 0,35% nos seus gastos cotidianos em janeiro e de 3,13% no acumulado.
O grupo com maior alta em janeiro foi educação e leitura, com elevação de 2,03%. A elevação foi puxada pelos reajustes nas mensalidades escolares: ensino infantil (5,39%), primeiro ano do ensino fundamental (5,93%) e ensino médio (4,62%).
A alimentação teve aumento de 0,78% em janeiro. Os produtos industrializados tiveram alta de 0,41%, a alimentação fora do domicílio, 0,38%, e os produtos in natura, 1,26%. A cenoura teve elevação de 21,36%, o feijão, 28,51% e o abacaxi, 25,35%.
Os gastos com transporte subiram 0,19%, com maior impacto na faixa de menor renda no custo de vida, onde o percentual chegou a 2,8%. Na média geral, a alta nesse grupo foi puxada pelos reajustes das tarifas do transporte público: ônibus municipal (7,50%), metrô (6,35%) e ônibus intermunicipal (2,59%).
IGP-DI avança 0,07%
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou em 0,07% em janeiro deste ano. A taxa ficou acima da deflação (queda de preços) de 0,45% registrada no mês anterior. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a taxa acumulada em 12 meses é de 6,56%.
A alta da taxa foi puxada pelos três subíndices que compõem o Índice Geral de Preços de Disponibilidade Interna. A inflação do varejo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), subiu de 0,29% em dezembro do ano passado para 0,57% em janeiro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 0,13% para 0,49% no período. Já os preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, continuaram registrando deflação, mas com uma taxa mais moderada. Em dezembro do ano passado, a deflação havia sido de 0,82%. Já em janeiro deste ano, a queda de preços passou para 0,19%.
Fonte: Agência Brasil