Empresários e representantes do varejo se reuniram ontem na ACSP (Associação Comercial de São Paulo) para definir detalhes da Semana do Brasil do ano que vem, que acontecerá entre os dias 3 e 13 de setembro.
Os resultados da edição deste ano deixaram o comércio otimista e a expectativa é que a data se consolide nos próximos anos, a exemplo da Black Friday.
"Vamos apoiar e trabalhar para perpetuar a data, que esse ano mesmo sendo promovida de forma rápida já mostrou que tem muito potencial para movimentar o consumo do país", disse Alfredo Cotait, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado (Facesp), em comunicado divulgado pela associação.
Fábio Wajngarten, secretário especial de comunicação social da Presidência da República (Secom), afirma que a Semana do Brasil, inspirada nas grandes campanhas de varejo de outros países, tem como objetivo estimular a economia e incentivar o sentimento de patriotismo da população.
Realizada pela primeira vez neste ano, a ação promocional levou o comércio nacional a crescer 11,3% entre os dias 6 e 15 de setembro, na comparação com o mesmo período de 2018, quando o evento ainda não existia, segundo dados da Cielo, empresa do segmento de pagamentos eletrônicos.
Descontos puxaram venda de eletrônicos
A semana de descontos puxou especialmente as vendas do comércio eletrônico (18,5%) e de shopping center (8,5%). As categorias que mais cresceram foram as de cosméticos (19,8%), móveis, eletroportáteis e lojas de departamento (12,6%) e vestuário e artigos esportivos (6,1%).
Durante a sua apresentação, Gabriel Mariotto, diretor de Inteligência da Cielo, falou sobre a importância da criação de uma nova data comercial em setembro. Segundo ele, o varejo nacional passa por uma desaceleração natural nos meses de julho e agosto, que fica ainda evidente com as atuais dificuldades do cenário econômico.
Mariotto falou sobre o potencial da Semana do Brasil e relembrou que em 2011, no começo da Black Friday no Brasil, as vendas cresceram aproximadamente 14%, em relação ao ano anterior. Já em 2013, o evento se tornou mais relevante e começou a antecipar as vendas de fim de ano até evoluir e ganhar a representatividade que tem hoje. No ano passado, registrou um crescimento de 24%, somente nas lojas virtuais.
Fonte: Uol