Produção industrial cresce 8,9% de maio para junho

Leia em 2min

A produção industrial brasileira cresceu 8,9% em junho deste ano, na comparação com maio. Essa é a segunda alta consecutiva do indicador, que já havia registrado expansão de 8,2% em maio. Foi também foi a maior taxa de crescimento desde junho de 2018 (12,5%). Apesar disso, a indústria brasileira ainda não conseguiu recuperar totalmente as perdas sofridas em março e abril, causadas pela pandemia da covid-19, quando o setor caiu 26,6%.

 

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje (4), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da alta de maio para junho, a produção apresentou queda de 9% na comparação com junho de 2019. Houve ainda recuos de 10,9% no acumulado do ano e de 5,6% no acumulado de 12 meses.

 

A alta de 8,9% na passagem de maio para junho foi puxada por 24 das 26 atividades industriais pesquisadas, em especial pela produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que teve um crescimento de 70% no mês. "Esse setor acumulou expansão de 495,2% em dois meses consecutivos de crescimento na produção, mas ainda assim está 53,7% abaixo do patamar de fevereiro", disse o gerente da pesquisa, André Macedo.

 

Motocicletas


Outros equipamentos de transporte também tiveram destaque, com alta de 141,9%, puxados principalmente pela produção de motocicletas. 
Por outro lado, as atividades com queda na produção foram a indústria alimentícia e a produção de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, ambas com recuo de 1,8% na produção.

 

"A indústria alimentícia tem uma dinâmica diferente do restante do setor industrial, por conta de suas características relacionadas ao abastecimento. Ela vinha de resultados positivos, quando a indústria, de forma geral, estava em queda. Os crescimentos nos meses anteriores, combinados com uma queda no açúcar, resultaram no recuo registrado em junho. Alimentos, porém, têm um saldo positivo, diferente da média da indústria", explicou Macedo.

 

Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a maior alta foi observada nos bens de consumo duráveis (82,2%). Os bens de consumo semi e não duráveis cresceram 6,4%, os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo, subiram 13,1% e os bens intermediários - insumos industrializados usados no setor produtivo - tiveram alta de 4,9%.

 

 

Fonte: Agência Brasil

 


Veja também

OMC vê retração do comércio mais próxima de cenário otimista, diz Azevêdo

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, afirmou nesta ter&...

Veja mais
BNDES seleciona fundos de crédito não bancário para pequenas empresas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem (3) o resultado preliminar da sele&c...

Veja mais
BNDES contrata R$ 3,3 bilhões para PMEs

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou R$ 3,3 bilhões em créditos ...

Veja mais
Caixa credita hoje saque emergencial do FGTS para nascidos em junho

Cerca de 5 milhões de trabalhadores nascidos em junho começam a receber hoje (3) o crédito do saque...

Veja mais
Carne e leite puxam custo da cesta básica

O valor médio da cesta básica no Grande ABC em julho ficou em R$ 744,82, 1,93% ou R$ 14,13 a mais em rela&...

Veja mais
Mercado melhora novamente estimativa para o PIB em 2020

Os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a estimativa para o tombo Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, ...

Veja mais
FGV: confiança do empresário sobe pelo terceiro mês seguido

O Índice de Confiança Empresarial da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 7,1 pontos de junho...

Veja mais
Inflação pelo IPC-S fica em 0,49% em julho, mas é de 1,04% no ano

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou inflação de 0,49% em julho em tod...

Veja mais
Senado aprova MP que autorizou saque de R$ 1.045 do FGTS

O Senado aprovou na quinta-feira (30) a medida provisória (MP) que autorizou o saque extraordinário de at&...

Veja mais