Alta no preço dos alimentos puxa inflação para quase 5% no acumulado

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Apesar da queda na inflação no mês de julho, o acumulado no ano ainda registra alta de quase 5%. Os percentuais foram puxados, sobretudo, pelos itens de supermercado, como o arroz, feijão, o leite e a cebola.

Em geral, os produtos de hortifruti tiveram queda de preços de 2,52%, em média. Batata e tomate estão mais baratos, em média 18 e 19%, respectivamente.

Na contramão dos hortifrutis, as carnes bovinas registraram o terceiro aumento seguido. Os preços estão 1,15% mais altos, mas no acumulado de 2020 a queda chega a 3%.

Pelo terceiro mês seguido, o índice de preços dos supermercados, calculado pela associação paulista da categoria, registrou uma queda em relação ao mês anterior, fechando em uma inflação de 0,60% em julho. Mas no acumulado de janeiro a julho foi registrada uma alta de 4,98%.
Se comparados com o mesmo período de 2019, a inflação era de 2,71%. Os itens da cesta básica não escaparam.

A agente de organização escolar Eveline Damasceno Carvalho estava de olho no arroz e logo percebeu um aumento. "Na verdade, eu já diz a compra do mês em outro supermercado, e aí eu achei caro também e fui ver onde está em oferta para poder pegar", disse.

Entre junho e julho, o aumento do arroz foi de 4,53%. Já no acumulado do ano esse número chega a 21,08%. O feijão até diminuiu entre os dois meses, em 2,05%, mas em relação aos sete primeiros meses do ano a alta foi de 23,14%.

"O feijão logo, logo nós teremos uma safra melhor e o preço recua. A arroz não, o arroz é regido pelo mercado internacional. O maior desequilíbrio no mercado foi exatamente a saída da Índia do mercado internacional de exportação", explica o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Omar Ahmad Assaf.
O litro de leite pra casa também tem saído mais caro para o cliente. O acumulado do ano está com alta de 21,62%.

"Todo mundo recomenda que a gente tem que cuidar da saúde, ter boa alimentação, mas sem condições financeiras e com tudo aumentando, é muito difícil", diz a dona de casa Sandra Antônia de Oliveira.

No setor de hortifruti, o tomate teve queda no mês. De 19%, mas a cebola registrou alta de 55,13%. Para economizar na hora na compra, o relojoeiro Walter Crivilli substitui os itens sempre que é necessário.

"Se tem um produto que está caro, fora do padrão, eu simplesmente não compro. A abóbora eu estou pagando dois e pouco. Se eu chego e está R$ 5, R$ 4, eu digo que não vou comprar a abóbora, eu compro outra coisa, uma batata doce", diz.

O vice-presidente da Apas diz que existem a demanda do mercado mas também o tempo e a temperatura, que refletem na safra e preço dos produtos. "Hortifruti as pessoas precisam a acostumar a lidar com isso e substituir quando necessário", orienta.


Fonte: G1 


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