O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, subiu 3,22% em julho, registrando a maior alta desde o início da série histórica, em janeiro de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de junho foi revisada de alta de 0,61% para avanço de 0,60%. Com o resultado, o IPP passou a acumular alta de 7,28% no ano e de 11,13% em 12 meses.
Segundo o IBGE, o resultado reflete, principalmente, a elevação no custo dos alimentos e das atividades relacionadas aos derivados de petróleo e biocombustíveis.
O indicador mede a variação dos preços na "porta das fábricas", sem impostos e frete, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Os preços na indústria extrativa (mineração e petróleo) tiveram alta de 14,46% em julho, após avanço de 3,75% em junho.
Já a indústria de transformação registrou alta de 2,67% no IPP de julho, frente a um aumento de 0,45% em junho.
Para o economista-chefe da Necton, André Perfeito, apesar da alta recorde dos preços aos produtores, a recessão impede que os empresários repassem os preços aos consumidores, o que tendem a apertar as margens de lucro empresariais. "Isto nos diz que o investimento tende a ficar reprimido e que, apesar da queda dos juros, a queda do lucro pode ter sido de igual magnitude ou pior, limitando assim o apetite empresariam por mais investimentos", avaliou.
Fonte: G1