O varejo paulista deve gerar o menor número de vagas temporárias para o bimestre outubro/novembro desde 2016 no estado, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Isso ocorre em um cenário de projeções mais otimistas sobre as vendas do varejo até o final do ano e das medidas de afrouxamento do isolamento social.
Segundo a entidade, 22,9 mil postos temporários serão abertos no período, comumente marcado por contratações para atender à demanda de final de ano, sendo 8 mil na capital paulista. A expectativa é que ao menos 15% se tornem efetivos para 2021.
O volume é 35% menor em comparação com o mesmo período do ano passado, quando 35,3 mil empregos temporários foram gerados.
"Novembro é, historicamente, o mês com maior saldo líquido de vagas formais (número de contratações em relação aos desligamentos) do varejo paulista, porque é a época em que as lojas reforçam suas equipes mirando o aumento da demanda das compras de final de ano", informa a FecomercioSP.
A maior demanda de trabalho temporário será por vendedores (32%), atendentes (16%), repositores (13%) e operadores de caixa (12%).
Neste ano, o número de vagas temporárias criadas no varejo nesta época do ano será o terceiro pior da década, segundo a federação: em 2015, o saldo foi de 15,8 mil empregos no mesmo período e, no ano seguinte, o número subiu para 20,7 mil.
De acordo com a FecomercioSP, no primeiro semestre, o setor viu seu faturamento bruto cair 3,3% - a maior queda para o período desde 2015. Considerando os meses de janeiro a agosto de 2020, 104 mil postos celetistas já foram fechados pelo varejo no estado.
Fonte: G1