Após três meses seguidos de alta, a produção indústria de alimentos, bebidas e farmácia se acomodou em junho e inibiu o avanço da produção industrial nacional - que cresceu apenas 0,2% em junho sobre maio. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São Paulo, que concentra o pólo industrial brasileiro, apresentou queda de 2% na produção industrial, puxada por alimentos e outros equipamentos de transportes. Isso segurou a média nacional de crescimento da produção no período.
Até então, os setores de alimentos, farmácia e bebidas eram os únicos que apresentavam desempenho positivo na produção, mesmo diante da crise financeira. O economista do órgão, André Macedo, disse se tratar de um "caso pontual".
"A indústria de alimentos, farmacêutica e bebidas impactou negativamente a produção industrial como um todo", disse, emendando: "São fatores pontuais e mostram uma acomodação desses setores que, até então, vinham crescendo e amorteciam a baixa da produção industrial total".
O economista lembrou que a produção de tais setores não surtiu fortemente o efeito da crise financeira mundial porque é voltada ao mercado interno. Os setores com foco no mercado exportador foram os mais prejudicados pela turbulência.
Veículo: Valor Econômico