A partir de idéias de pesquisadores, engenheiro desenvolveu tecnologia para fabricar embalagem biodegradável
Decidido a fazer algo para ajudar na conservação ambiental, o engenheiro Cláudio Rocha Bastos desenvolveu bandejas biodegradáveis à base de amido de mandioca. O produto, já testado, começa a ser produzido e vendido comercialmente pela empresa CBPak, criada por Bastos. O objetivo é que as bandejas biodegradáveis substituam as de isopor, não recicláveis. "As bandejas de amido se biodegradam em seis meses ou podem até voltar para a natureza, como compostagem."
Segundo Bastos, a bandeja é produzida sem nenhuma química. "Resolvemos também o problema da falta de resistência do amido à umidade com um biofilme, que reveste a bandeja e permite que as embalagens sejam usadas para produtos resfriados e congelados."
Os principais compradores são agricultores orgânicos, supermercados e indústrias de alimentos que exportam.
A Korin, produtora de hortaliças e legumes orgânicos, está testando a bandeja. Conforme o gerente administrativo, Jarbas Cordeiro de Souza, o filme impermeável sobre a bandeja tornou viável o embalamento de hortaliças, "que 'respiram' e umedecem a embalagem. Sem o biofilme, a bandeja de amido ficaria inviável para nós", diz Souza. "Vamos ver o que os consumidores acham, aí adotaremos definitivamente a bandeja ou não", finaliza Souza.
Veículo: O Estado de S.Paulo