Indústrias multinacionais injetam recursos em greentech

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Sucesso dos vencidinhos fortalece negócios em todo país com aproveitamento e redução do desperdício

 

 O avanço da inflação e o aperto da renda estão dando um impulso extra para os negócios da Gooxxy. A greentech ajuda a revender produtos que seriam descartados pela indústria, como itens próximos ao vencimento, de linhas descontinuadas ou fora do padrão. A previsão é recolocar no mercado o equivalente a R$ 500 milhões em mercadorias em 2022. O valor é quase o dobro do ano passado, quando a recuperação dos itens representou cerca de R$ 300 milhões em produtos.

 

A empresa nasceu em 2018 com a proposta de faturar com a diminuição do desperdício. Uma tecnologia própria conecta o varejo interessado em operar os produtos em condição especial com a indústria. A venda evita custos com descarte aos produtores e gera oportunidade para o comércio oferecer os itens mais baratos. A Gooxxy recebe uma comissão sobre as transações. O grupo não divulga números de faturamento ou lucro, mas garante que o negócio já atingiu o ponto de equilíbrio.

 

Empresa tem parceiros como Nestlé e BRF

A Gooxxy atua em 19 Estados e tem como parceiros da indústria multinacionais como Nestlé, Mondelez, Unilever e BRF. Recebeu um aporte do family office ligado ao grupo de logística Expresso Nepomuceno, de Minas Gerais, e está em tratativas finais para uma nova rodada de investimentos, de cerca de R$ 20 milhões, com fundos de venture capital.

 

Os recursos devem ser usados para investimentos em tecnologia e na internacionalização, depois do incentivo de duas multinacionais para reproduzir o modelo no exterior. A previsão é iniciar os pilotos no primeiro semestre do ano que vem na Colômbia e nos EUA.

 

Meta para médio prazo é alcançar R$ 5 bi em produtos recolocados

 

A meta para o médio prazo é ambiciosa. A expectativa é alcançar R$ 5 bilhões em produtos recolocados em cinco anos e ampliar a equipe de 70 pessoas para pouco mais de 200 funcionários. Para chegar lá, a Gooxxy conta com um conselho consultivo formado por executivos do Mercado Livre, iFood e da BRF.

 

Fonte: Gabriel Baldocchi, Broadcast Estadão


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