65% dos varejistas acreditam que a Copa do Mundo vai repercutir nas vendas dessa data
Um levantamento realizado pela Provu, fintech especializada em meios de pagamento e crédito pessoal, aponta que 85% dos lojistas pretendem participar da Black Friday neste ano. Para 43% destes comerciantes, a expectativa é aumentar as vendas entre 10% e 30% em comparação com 2021; já 26,9% esperam subir o faturamento entre 30% e 50%, enquanto que 9% planejam elevar as vendas em até 10% em relação ao ano passado. O levantamento foi feito com varejistas de micros, pequenas, médias e grandes empresas de diversos setores de vendas.
Apesar dessa expectativa positiva em relação à Black Friday, 40,9% dos comerciantes dizem não se preparar com antecedência para a data, enquanto 14,9% revelam que começam a se planejar nos meses de julho e agosto. Para 11,9% das lojas, a preparação começa em outubro, mês anterior à Black Friday; e 6% revelam que os preparativos começam desde a Black Friday anterior.
Este ano a Black Friday terá ainda uma concorrência muito peculiar: a Copa do Mundo de futebol. O grande evento mundial vai começar na mesma semana que uma das datas mais importantes do varejo. Sobre esse “conflito de datas”, o levantamento da Provu mostra que 65,7% dos varejistas acham que a Copa do Mundo pode impactar as vendas na Black Friday. Entre eles, 34,1% acreditam que terão uma diminuição de vendas no geral, enquanto 29,5% pensam que será o contrário, e esse evento deve aumentar as vendas. Para 25% das lojas, esse aumento se dará na venda de produtos específicos, enquanto 9% acham que haverá diminuição de vendas de produtos específicos.
Em relação às ofertas, 64,2% dos respondentes pretendem aplicar descontos em produtos específicos, enquanto que 35,8% planejam aplicar desconto em todos os produtos da loja. Além disso, a expectativa para 61,2% dos comerciantes é de que as vendas na Black Friday sejam mais direcionadas a novos clientes.
Quando perguntados sobre os principais desafios da Black Friday, 44,8% responderam que são marketing e divulgação, seguido por meios de pagamento (29,9%) e estratégia de vendas (11,9%). Precificação, estoque e experiência do consumidor surgem com 6%, 4,5% e 1,5% respectivamente.
Entre os entrevistados, 85% disseram que vão incentivar formas de pagamento específicas na data, sendo boleto e pix parcelado para 52,6% e cartão de crédito para 22,8%. Já dinheiro e Pix ficam empatados em terceiro lugar, com 7%. Apenas para 14% dos lojistas pesquisados, a Black Friday não será implementada em suas lojas. Dentre os principais motivos, 45,5% apontam que as margens que praticam não permitem dar descontos e 18,2% não tem aderência com os produtos/serviços que oferecem ou não observam vantagens para o faturamento.
A Black Friday nasceu nos Estados Unidos e é sempre realizada na 4ª sexta-feira do mês de novembro. Alguns países, como o Brasil, importaram esse evento e promovem uma série de descontos em diversos produtos, proporcionando aumento nas vendas, a renovação de estoque e dando início às compras de Natal. Para 44% dos lojistas brasileiros, esta data tem um desempenho tão bom quanto em outras datas comemorativas.
Redação SuperHiper