Lucro do Walmart avança fora dos EUA

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O Walmart, maior rede varejista do mundo, anunciou aumento de 10% no lucro de seu primeiro trimestre fiscal, beneficiado pelos mercados do México, Canadá e China, que ajudaram a compensar o declínio das vendas nas lojas nos Estados Unidos.

 

As vendas internacionais aumentaram 8,9%, considerando uma taxa de câmbio constante. A rede expandiu-se no exterior para conter a diminuição das receitas das unidades dos EUA abertas há mais de 12 meses, que foi de 1,4%.

 

Em comunicado, o executivo-chefe da varejista, Mike Duke, afirmou que os clientes, especialmente nos Estados Unidos, ainda estão preocupados com suas finanças pessoais, desemprego e preços da gasolina.

 

China, Brasil e outros países emergentes geraram a maior parte do crescimento nas vendas internacionais do Walmart, enquanto sua rede de supermercados Asda, no Reino Unido, teve declínio nas vendas de lojas com mais de um ano, segundo disse o diretor de finanças da empresa, Tom Schoewe.

 

O Walmart, que opera em 15 países, tem "uma oportunidade extraordinária de expandir sua presença nos lugares em que estamos hoje" com aquisições, afirmou Schoewe, que não quis entrar em mais detalhes.

 

"O grupo está focado principalmente no Reino Unido e em partes da Ásia e América do Sul, onde ainda atendem o cliente de baixa renda e há um ótimo valor no que oferecem", afirmou o analista Joe Feldman, do Telsey Advisory Group, em Nova York, em entrevista para Bloomberg Television. Nos EUA, "há um movimento menor nas lojas".

 

O lucro líquido do Walmart subiu para US$ 3,32 bilhões no trimestre fiscal encerrado em 30 de abril, o que representa US$ 0,88 por ação, em comparação aos US$ 3,02 bilhões, ou US$ 0,77 por papel, registrados no mesmo período do ano passado, segundo comunicado divulgado ontem pela companhia. A previsão do mercado era de lucro de US$ 0,85 por ação, de acordo com a média das estimativas de 21 analistas consultados pela Bloomberg.

 

Com o resultado, o Walmart juntou-se à varejista de artigos para casa Home Depot e à Saks, que também anunciaram ontem balanços acima das expectativas.

 

Para o segundo trimestre fiscal, a rede varejista anunciou ontem estimativa de que as vendas de supermercados abertos há mais de 12 meses ficarão entre uma variação negativa de 2% e uma positiva de 1%.

 

O Walmart também compensou a queda no faturamento nos EUA administrando melhor seus custos. As despesas administrativas, gerais, operacionais e de vendas subiram 3,9%, abaixo do crescimento da receita, que subiu 5,9% e somou US$ 99,8 bilhões no trimestre.

 

Veículo: Valor Econômico


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