Mercado de café deve fazer ajustes de preços

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Reunião da OIC em Londres termina sem definições significativas.

 

A 101ª Sessão do Conselho Internacional do Café terminou ontem, em Londres, na sede da Organização Internacional do Café (OIC). As discussões foram concentradas no regulamento que visa disciplinar o novo funcionamento do Acordo Internacional do Café (AIC 2007). Entre os principais itens em debate, fizeram parte a estruturação dos novos comitês de assessoramento ao conselho (Estatísticas, Finanças e Promoção) e da Junta Consultiva do Setor Privado.

 

De acordo com o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes, a OIC é um regimento regulador que perdeu muita força nos últimos anos. Por isso, o dirigente acredita que mesmo com a ação em prol do segmento, não deverá trazer benefícios diretos para os produtores. "Ainda assim acredito que o próprio mercado deverá gerar ajustes de preços em breve", considerou.

 

Na sessão, foram discutidos temas como o declínio do dólar, a escalada dos custos de produção, a redução de disponibilidade de mão-de-obra em certas regiões e a queda das áreas disponíveis para o desenvolvimento da cafeicultura. Além desses pontos, também foram discutidos problemas como os baixos níveis dos estoques do grão, os quais acentuam a vulnerabilidade do mercado diante das perturbações de ofertas causadas por fatores meteorológicos.

 

Estoques baixos - Mas itens como falta de acesso a crédito e a mecanismos de gestão de risco para os cafeicultores também preocupam o segmento. Para Ximenes, com a baixa nos estoques mundiais, está começando a ocorrer ajuste entre a oferta e a demanda do produto no mercado. "As perspectivas são positivas para o setor no que diz respeito aos preços. Mas, por outro lado, estamos com o aquecimento global afetando a produção do grão em todo o país", destacou.

 

De acordo com o dirigente, Minas Gerais está enfrentando uma situação difícil com as lavouras em função das condições climáticas. "As últimas chuvas de granizo afetaram bastante os produtores mineiros. Acredito que foram perdidas cerca de 2 milhões de sacas em função das intempéries climáticas que atingiram o Estado durante o mês de setembro", considerou.

 

Para piorar ainda mais o cenário do segmento cafeeiro, os custos estão pesando muito na receita dos produtores. "Hoje operamos no vermelho, produzindo com custos altos e vendendo abaixo do custo de produção. O governo reforçou o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) no último ano mas, neste exercício, está atrasado. Além disso, precisamos de medidas rápidas para fomentar o escoamento da safra", afirmou.

 

Para Ximenes, o segmento não pode estagnar e, como prevenção, a entidade está pleiteando junto ao governo federal a criação de financiamentos visando concretizar o escoamento do produto no mercado, afirmou. "Precisamos conseguir uma melhoria contínua na qualidade do café para incrementar mais e promover um maior consumo do grão", salientou. O Brasil é o segundo maior consumidor mundial, com projeção de consumo de 18 milhões de sacas de café em 2008.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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