A Vulcabras-Azaléia, maior fabricante brasileiro de calçados , investirá R$ 98 milhões na expansão de sua capacidade produtiva no País. Em entrevista exclusiva ao DCI, o presidente da empresa, Milton Cardoso, revelou que a meta é ampliar em 30% a produção. "O investimento tem como principal objetivo aumentar a capacidade das fábricas e efetuar a compra de equipamentos e tecnologia", disse o presidente. Segundo Cardoso, o investimento fará com que a Vulcabras-Azaléia consolide sua posição de liderança no mercado com as marcas Reebok e Olympikus.
No plano de investimento da empresa, R$ 79 milhões serão destinados às unidades fabris no Brasil e outros R$ 9 milhões irão para fábrica da Argentina. A área de pesquisa e tecnologia receberá R$ 10 milhões. "A empresa investe cerca de 6% do faturamento no desenvolvimento de novos produtos", afirmou o presidente da companhia.
As unidades beneficiadas com o aporte se localizam na Bahia (R$ 47 milhões), no Ceará (R$ 24 milhões), em Sergipe (R$ 8 milhões). Os investimentos fazem parte do plano de expansão de produção das 28 unidades que a Vulcabrás/Azaléia possui no Brasil e na Argentina.
Em 2009, a empresa fabricou 42,1 milhões de pares de calçados e obteve um faturamento de R$ 1,9 bilhão. Segundo o presidente da Vulcabras/Azaléia, este ano a empresa deve crescer acima de dois dígitos. "No primeiro trimestre, crescemos cerca de 20% em relação ao mesmo período do ano passado e pretendemos crescer ainda mais até o final do ano, tudo vai depender do comportamento do mercado ", explica Cardoso.
Atualmente a exportação, excluindo a Argentina, representa 5% do faturamento da companhia. Os países compradores estão localizados na América Latina e na Europa. A empresa tem no seu portfólio marcas como Olympikus, Reebok, Azaleia, Dijean, Funny, Opanka e também as Botas Vulcabras.
Crescimento de 12%
A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) informa que o setor projeta um crescimento de 12% em relação a 2009, onde foram produzidos 814 milhões de pares de sapatos. Atualmente o setor de calçados conta com oito mil empresas. Segundo a entidade, as compras de calçados chineses reduziram em função da tarifa antidumping - de 14,9 milhões de pares para 5,9 milhões de pares em 2010, o que deve elevar os negócios no mercado interno.
Veículo: DCI