Setor de eletroeletrônicos se recupera

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O faturamento da indústria eletroeletrônica superou no primeiro semestre deste ano os patamares de crescimento anteriores à crise financeira de 2008, mas os investimentos em ativos fixos ainda devem ser inferiores, em 2010, segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica).

 

A entidade apurou no primeiro semestre deste ano uma alta de 3% no faturamento do setor, quando comparado ao desempenho dos seis primeiros meses de 2008, período pré-crise. Já em relação ao primeiro semestre de 2009, o faturamento aumentou 18%, liderado pelo avanço do segmento de utilidades domésticas, com destaque para linha branca e eletroeletrônicos.

 

Apesar da recuperação das vendas, os investimentos deste ano ainda não devem superar os aportes registrados em 2008, que totalizaram R$ 4,9 bilhões, que corresponderam a 4% do faturamento do setor. "Em 2008, a economia estava muito aquecida e, no ano seguinte, os investimentos foram reformulados", afirmou Humberto Barbato, presidente da Abinee.

 

Para 2010, a estimativa inicial da entidade - apresentada em dezembro do ano passado - era de que os aportes totalizassem até R$ 5,3 bilhões, o equivalente a 4% do faturamento do setor. Porém, a revisão da projeção anunciada hoje dá conta de investimentos de aproximadamente R$ 4,5 bilhões para este ano, significando uma relação entre 3,5% e 3,6% da receita do setor. Em 2009, os investimentos somaram R$ 3,1 bilhões.

 

Segundo Barbato, uma das razões para a revisão para baixo encontra-se nas contratações de equipamentos para o complexo elétrico do Rio Madeira (Jirau e Santo Antônio). "Apesar do grande volume de equipamentos elétricos envolvidos nos empreendimentos, boa parte deles já foi ou deverá ser adquirida de fornecedores estrangeiros, que têm larga vantagem competitiva sobre a indústria estabelecida no Brasil", disse.

 

Na última semana, o dirigente informou que entregou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, uma carta solicitando a retirada da isenção do imposto de importação de produtos do setor elétrico que não tenham similar nacional. Segundo Barbato, está havendo uma concorrência desigual com turbinas e subestações destinadas aos investimentos do complexo do Rio Madeira de fabricantes estrangeiros. No documento entregue ao governo, o setor pleiteia também a elevação da alíquota de importação de mais de 100 equipamentos elétricos de uso industrial e para geração, transmissão e distribuição elétrica.

 

As importações do setor no primeiro semestre avançaram 50% sobre o mesmo intervalo de 2009, totalizando US$ 15,76 bilhões. As compras do exterior foram puxadas pelo Sudeste asiático, com alta de 67%. Apenas da China, o crescimento foi de 77%.

 

O aumento das compras externas deverá gerar ainda este ano uma proporção recorde de importados sobre a participação em bens finais destinados ao mercado interno. A projeção da Abinee é de que este percentual atinja, em 2010, 20,7%, ante 20,4% (de 2009) e 20,5% (de 2008). Em 2005, a representatividade não superava os 16%.

 


Veículo: Diário do Grande ABC


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