Vendas de utilidades domésticas crescem 42% no primeiro semestre

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O faturamento da indústria de eletroeletrônicos cresceu 18% no primeiro semestre do ano, em relação a igual período de 2009. Houve crescimento de 5% nas exportações, para US$ 3,64 bilhões, de de 50% nas importações na mesma base de comparação, chegando a US$ 15,763 bilhões.

 

Os dados são da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). O destaque nos seis primeiros meses do ano foi o setor de utilidades domésticas, que cresceu 42%. Na sequência, as vendas de equipamentos industriais subiram 29%, enquanto as de componentes, 27%.

 

Diante das vendas acima das expectativas, a Abinee elevou de 12% para 14% a previsão ao crescimento do faturamento para este ano. Se confirmada essa projeção, o setor fechará 2010 com uma receita de R$ 128,005 bilhões. O segmento de utilidades domésticas, que em 2009 registrou vendas de R$ 13,427 bilhões, pode crescer 26%, para R$ 16,898 bilhões.

 

As vendas do segundo semestre devem ficar 11% acima do montante de um ano antes. "Os números estão sendo ajustados em razão da surpresa sobre o que foi o primeiro semestre", disse o presidente da Abinee, Humberto Barbato, acrescentando que a indústria já mostrava em abril cifras que só eram previstas para setembro.

 

O problema, para a Abinee, é o avanço dos importados. Com a expectativa de que as importações cresçam 40% neste ano e as exportações fiquem no mesmo nível visto de 2009, espera-se que o setor acumule um déficit comercial de US$ 27,5 bilhões em 2010, 57% acima do déficit de 2009 (US$ 17,462 bilhões). Segundo projeção da Abinee, os produtos importados devem morder 20,7% do mercado interno deste ano, um pouco acima dos 20,4%. Em 2005, a fatia dos importados era de 15,9%.

 

Os telefones celulares corresponderam ao produto mais exportado no primeiro semestre, marcando US$ 535 milhões, uma queda de 21%. Pelo lado das importações, as importações de semicondutores tiveram o maior montante, com US$ 2,077 bilhões (alta de 56%). Segundo a Abinee, o setor fechou junho com 171,4 mil empregados, acima dos 160 mil funcionários de dezembro.

 

A expectativa para o segundo semestre é de um desempenho mais robusto do segmento de geração, transmissão e distribuição de energia, cujo faturamento no segundo semestre deve subir 47% na comparação anual, em decorrência dos diversos projetos tocados no setor elétrico.

 

Os investimentos em redes de transmissão da chamada terceira geração (3G), além do crescimento da banda larga no país, também trazem perspectivas de expansão de 5% ao faturamento na área de telecomunicações na mesma base de comparação. Crescimentos também são previstos na segunda metade do ano para os setores de utilidades domésticas (15%), informática (15%) e equipamentos industriais (13%).

 

De acordo com uma pesquisa da entidade, 69% das empresas aguardam crescimento do faturamento no terceiro trimestre tanto em relação a igual período do ano passado como na comparação com os três meses antecedentes. O otimismo é mais forte na área de equipamentos industriais, onde 80% das companhias projetam aumento das vendas.
 

 

Veículo: Valor Econômico


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