O presidente da fabricante nacional de brinquedos Estrela, Carlos Tilkian, está prestes a inaugurar uma pequena fábrica em Sergipe, com capacidade para empregar 450 funcionários.
As vagas, no entanto, podem não ser completamente preenchidas, se o patamar do dólar permanecer favorável a importações.
Apesar do benefício concedido pelo governo ao setor de brinquedos na virada do ano -que elevou o imposto à entrada de importados- , na prática, o efeito foi inócuo, segundo o empresário.
"A medida, em si, se tornou irrelevante porque, infelizmente, no mesmo período, o câmbio recuou significativamente", diz Tilkian, que pondera haver "uma disposição do atual governo em oferecer medidas macroeconômicas para o setor".
O dólar caiu de cerca de R$ 1,70 na época para R$ 1,59 ontem.
As outras duas fábricas que a empresa possui no país, hoje com cerca de mil funcionários, podem também triplicar, ou não, seu número de trabalhadores.
A empresa está flexível, diz Tilkian. Tem acordos com fornecedores no exterior, para adotar estratégia de importação, caso necessite.
"Temos de estar preparados para importação, se o modelo econômico privilegiar isso. Se o câmbio descer demais, vamos importar significativamente e reduzir o nível de atividade no Brasil."
Neste ano, a decisão foi fixada para reduzir de 40% para 30% o nível de importação. A fábrica de Sergipe começa com 150 funcionários.
Veículo: Folha de São Paulo