Chuva pode prejudicar qualidade do trigo do RS

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As recentes chuvas sobre as regiões produtoras de trigo do Rio Grande do Sul podem prejudicar a safra do cereal naquele Estado. A colheita nas regiões produtoras gaúchas atingiu apenas 10% do total, prevista em 2,2 milhões de toneladas. No Paraná, maior produtor do país, os trabalhos ultrapassaram 80%, de uma produção prevista em 2,95 milhões de toneladas, segundo a consultoria Safras&Mercado. 

 

Na safra 2008/09, a produção nacional do cereal está estimada em 5,8 milhões de toneladas. Se confirmadas as estimativas, será um aumento de 49% em relação ao ciclo anterior. "O volume de produção do Rio Grande do Sul pode ser afetado pelas chuvas e os números da safra poderão ser revistos", disse Élcio Bento, analista da consultoria. Já há registros de qualidade inferior do cereal, sobretudo nas lavouras gaúchas. 

 

Mesmo com a maior oferta no mercado interno, a turbulência internacional e as oscilações do câmbio sobre o real estão travando a comercialização do produto. "Os moinhos compram da 'mão para boca' e os produtores só vendem para fazer caixa imediato", afirmou Élcio Bento. 

 

No Estado do Paraná, a tonelada do cereal está cotada entre R$ 500 e R$ 510, com um recuo médio de 17% sobre igual período do ano passado. No Rio Grande do Sul, há negócios entre R$ 450 e R$ 460, uma baixa média de 11%. A queda reflete a maior oferta do produto nesta safra. 

 

"Com a crise de crédito, os moinhos não querem tomar posições neste momento para não correr o risco de ficarem comprados", disse o analista. Segundo Bento, as indústrias moageiras estão relativamente abastecidas. 

 

Na Argentina, principal exportador de trigo para o Brasil, a safra também poderá ficar com rendimentos baixos por causa do clima adverso. A tonelada do trigo naquele país está cotada entre US$ 230 e US$ 240. A produtividade nas lavouras de Santa Fé, uma das principais regiões produtoras daquele país, está entre 2.500 e 3.000 quilos por hectare, quando o ideal para compensar os custos de produção seria acima de 3.800 quilos por hectare. 

 

Veículo: Valor Econômico


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