Embora a captação de leite no Brasil tenha aumentado 3,8% em agosto ante julho, diminuiu 4,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (Icap-Leite), divulgado hoje.
A oferta relativamente baixa devido ao período de entressafra na maior parte das regiões produtoras, aos custos mais elevados e ao clima, que prejudicou a safra de inverno no Sul, tem acirrado a disputa pela matéria-prima entre os laticínios, informou o Cepea.
Por isso, após a estabilidade nos dois últimos meses, o valor médio pago aos produtores de leite em setembro, referente à produção entregue em agosto, voltou a aumentar: 2,5%, para R$ 0,8912 o litro na média nacional, composta pelos Estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e da Bahia. Em todos houve aumento de preços. Em relação a setembro de 2010, o preço médio do leite aumentou 20% em termos reais. O Cepea ressalta que o valor no ano passado foi o mais baixo dos últimos quatro anos para o mês de setembro. Na média de janeiro a setembro, o preço pago em 2011 ficou quase 9% acima da média de 2010, em termos reais. Apesar desse bom desempenho da receita, os custos de produção também têm avançado, limitando a recuperação financeira dos produtores.
Em setembro, o preço médio do leite UHT, que possui elevada correlação com o preço do leite ao produtor, foi de R$ 1,97 o litro no atacado do Estado de São Paulo (o valor considera frete e impostos), o que representa estabilidade em relação a agosto. O queijo muçarela foi cotado à média de R$ 11,62 o quilo no atacado do estado, com leve alta de 2% sobre agosto.
Veículo: DCI