O comércio eletrônico (e-commerce) prevê faturar R$ 8,5 bilhões este ano, frente a R$ 6,3 bilhões de 2007, segundo a consultoria e-bit. A expectativa é que o segmento tenha esse desempenho este ano ao receber mais investimentos e consumidores, com a entrada de redes varejistas tradicionais, como o Wal-Mart, provavelmente em outubro, além de Carrefour e Casas Bahia - os únicos grandes players que ainda não vendem pela Internet.
Apesar do cenário positivo, a alta dos juros e o leve desaquecimento da economia levou o setor a revisão da meta deste ano. Antes era estimado um faturamento de R$ 8,8 bilhões para 2008. De acordo com Pedro Guasti, diretor-geral da entidade, o e-commerce também se beneficia bastante da oferta de crédito e de atrativos como frete grátis, mas "talvez algumas lojas diminuam os parcelamentos", diz ele. Já a meta de e-consumidores deve se manter e fechar em 12 milhões de pessoas, frente a 9,5 milhões de 2007.
O diretor ainda estima que, do faturamento total do varejo no Brasil, de 2,5% a 3% sejam oriundos do comércio eletrônico. "Nos Estados Unidos esse número é de 6%, o que mostra umgrande potencial", afirma.
Só nesse primeiro semestre, a receita do e-commerce foi de R$ 3,8 bilhões, um crescimento de 45% em relação ao mesmo período de 2007. O gasto médio dos consumidores também registrou alta de 9% no semestre, ficando em R$ 324. Os produtos que estão entre os mais vendidos são livros (17%), seguidos de informática (12%) e saúde e beleza (10%). Pela primeira vez, CDs e DVDs não estão entre os mais vendidos.
Preços
Confirmando a alta dos preços, o índice de inflação da Internet, medido pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), apontou alta de 1,29% em agosto, após de quatro meses de queda. O grupo de itens com a maior alta é o de perfumes e cosméticos, com 2,82%. Mesmo assim, no acumulado do ano a deflação é de 5,92%.
Veículo: DCI