Fornecedores devem superar competição e seleção rigorosas

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No Pão de Açúcar, pequenos fabricantes são maioria

 

Na hora de fornecer para as marcas próprias de grandes varejistas, pequenos fabricantes têm grande participação. Na rede Pão de Açúcar, por exemplo, entre os mais de 200 fornecedores desses itens exclusivos, pelo menos 50% são empresas de pequeno porte.

 

É o caso de Catherine Bonaventure Pizolio, 34, proprietária da Engenho da Terra, empresa que "começou na cozinha" de sua casa e hoje tem 12 funcionários. Pizolio triplicou o volume de suas vendas quando, em 2007, passou a fornecer suas geléias para que fossem vendidas sob a marca Taeq.

 

O produto Engenho da Terra continua a ser vendido no Pão de Açúcar, mas apenas nos sabores que não constam da marca própria do grupo. No produto com a sua marca, a empresária tem uma margem de lucro maior, mas a venda acontece em quantidades inferiores.

 

Seleção

 

Para ter sua mercadoria escolhida entre as vendidas com a marca de grandes redes, o fornecedor costuma ser avaliado rigorosamente. "São verificadas as boas práticas produtivas, como o controle de processo, a estrutura física, os equipamentos e o modelo de gestão", descreve Claudio Iriê, diretor da marca própria do Carrefour.

 

De acordo com Neide Montesano, presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização, o processo de seleção -que envolve auditorias freqüentes- "ajuda o pequeno fornecedor na orientação de seus processos".
A empresária Márcia Azarite, 39, da Ekma, que fornece temperos e molhos para marcas próprias há 15 anos, compartilha da mesma opinião. Hoje, sua fábrica tem cerca de cem funcionários, entre pessoal administrativo e de produção.

 

"Quando fornecemos para um varejista, os outros passam a se interessar pelo produto, pois já estamos respaldados em auditorias", confirma Azarite.
"Existe, contudo, competição muito grande para fornecer aos grandes", pondera Edson Kawabata, diretor de prática de bens de consumo e varejo da consultoria Booz&Company. "Não é para qualquer um."

 

Marco Quintarelli, da Azo Negócios, especializada em marcas próprias, comenta que, em grande parte dos casos, um produto desse tipo tem apenas um fornecedor.
"Mesmo assim, há espaço para todos, desde que seja oferecido ao varejista um bom controle de qualidade", destaca. (DB)

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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