As idas ao mercado, no mês passado, comprometeram parcela maior do orçamento familiar. O valor da cesta básica, no Grande ABC, subiu 1%, passando de R$ 435,96 (em março) para R$ 440,31 em abril - diferença de R$ 4,35. Itens de primeira necessidade e indispensáveis no dia a dia, o feijão e o leite foram os produtos que contribuíram com mais peso para o encarecimento da cesta no período.
No caso do grão, o pacote é encontrado, em média, a R$ 5,42, podendo chegar a custar R$ 7,59, o quilo. Esse valor é superior, por exemplo, ao preço pago pelo frango, cujo quilo é comercializado a R$ 4,99, no caso do supermercado mais caro. A dona de casa pode comprar por até R$ 3,99.
Presente no café da manha e nos lanches da tarde, o leite também está cada dia mais caro. O litro é encontrado entre R$ 1,99 e R$ 2,99. Na média, a bebida sai por R$ 2,19 (veja tabela ao lado).
Para desânimo dos clientes, para os próximos meses é provável que esses dois produtos fiquem ainda com os preços mais salgados. "Com a chegada de um tempo mais frio, os custos para a produção de alimentos como esses se elevam. O feijão, por exemplo, precisa de mais irrigação devido aos poucos episódios de chuvas na época de inverno, e isso, obviamente, gera custos extras, que são repassados", explica o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto, responsável pela pesquisa mensal.
Ele explica que no caso do leite, o gado acaba se alimento mais de ração, devido o pasto seco nessa estação, o que encarece o item.
Para quem deseja economizar, a dica é comprar os itens em maior quantidade sempre que estiverem em promoção nos hiper e supermercados da região.
HORTIFRÚTIS - Dos produtos que compõem o grupo de hortifrutigranjeiros (frutas, verduras, legumes e ovos), tomate e folhas, principalmente, devem ter os preços flutuantes no decorrer dos próximos três meses. Com o tempo mais ‘gelado', as pessoas consomem quantidade menor de saladas e alimentos crus. Por essa razão, os valores caem. "No entanto, quando começam as geadas, em pleno inverno, esses produtos estragam com facilidade, daí, com oferta menor, os preços voltam a subir", sinaliza o agrônomo.
Veículo: Diário do Grande ABC