As empresas do setor de logística de todos os modais estão otimistas, mesmo em meio aos gargalos vistos no País. Uma delas é o Grupo Libra, que planeja nos próximos três anos investir R$ 100 milhões no Aeroporto de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. O presidente da companhia, Marcelo Araújo, afirmou que os recursos devem ser aplicados em um novo terminal de passageiro, novo pátio de helicópteros, duplicação da pista de táxi e nova torre de controle, entre outros projetos.
O aeroporto de Cabo Frio se tornou concessão em 2001 e o Grupo Libra adquiriu 60% das ações da concessionária, de olho no potencial de demanda na região, particularmente no setor de petróleo no norte do Rio de Janeiro, e também buscando sinergias com as atividades da companhia, que possui operações logísticas na região e opera terminal portuário no porto do Rio de Janeiro.
Outra gigante, mas agora no ramo de transportes e logística de cargas expressas fracionadas, a JadLog cresceu nos três primeiros meses do ano 11,7%, ante igual período do ano passado.
No ano de 2012 a JadLog transportou mais de 6,7 milhões de encomendas para todo o País, frente aos 6,1 milhões de pacotes do ano anterior. No ano passado, o faturamento da empresa foi estimado em R$ 293 milhões, ou seja, cerca de 12% acima de 2011, e a expectativa de crescimento até o final de 2013 é de 15%, chegando a R$ 325 milhões.
Ferrovias
Já na área de ferrovias, a América Latina Logística (ALL) registrou receita líquida de R$ 890 milhões no primeiro trimestre de 2013, um crescimento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A geração operacional de caixa da companhia seguiu o mesmo rumo, ao crescer 13,3% frente 2012, chegando a R$ 390,9 milhões. Este crescimento foi resultado principalmente da alta no volume de 7,3% no Brasil e pela positiva contribuição de suas subsidiárias Brado e Ritmo.
Impulsionado pelo volume de commodities agrícolas transportado pela operação ferroviária brasileira, a empresa cresceu 13,3%, sendo o principal responsável pelo o avanço do lucro líquido no trimestre, que atingiu R$ 33,9 milhões. No mesmo período de 2012, o resultado fora negativo em R$ 2,4 milhões. "Com o início da operação do terminal intermodal de Rondonópolis, nos próximos meses, estaremos ainda mais preparados para as oportunidades de uma safra de grãos 22% maior em 2013, de acordo com as expectativas da Conab", afirma por nota Eduardo Pelleissone, CEO da ALL.
Tecnologia
Como o mercado aquecido, acaba de ser constituída a Alta Rail Technology (ART), voltada ao setor ferroviário, e resultado da união de três empresas brasileiras com os gestores da ALL Rail Technology, até então da ALL, à frente, além da aquisição da Daiken Ferroviária, do Paraná, e Engesis Engenharia de Sistemas, do Espírito Santo. Ambas têm ampla atuação no Brasil e em outros países. A Alta surge com mais de 1.800 locomotivas, 32 mil vagões e 25 mil km de malhas gerenciadas nos diversos clientes atendidos.
Veículo: DCI