Soja e trigo devem liderar o crescimento da produção que, devido à regularidade do tempo bom, levou ao incremento da projeção
A produção brasileira de cereais e oleaginosas deverá totalizar 186,795 milhões de toneladas na temporada 2012/13, com aumento de 13% sobre o total colhido em 2011/12.O destaque é o crescimento da soja e do trigo, disse ontem a consultoria Safras & Mercado, que compila dados do setor.
A consultoria aumentou sua previsão em 5,5% em relação a estimativa anterior, publicada em dezembro do ano passado, quando a consultoria tinha previsão de 177,096 milhões de toneladas. Em relação à temporada anterior, a Safras projeta um crescimento de 8% na produção de cereais, somando 101,844 milhões de toneladas.
A previsão da colheita de trigo deverá ser ainda maior. Segundo a consultoria, o cereal deve crescer 22%. As produções de outros produtos terão aumentos menores: a de arroz terá incremento de 2% e a de milho, 8% a mais, na comparação anual.
Ante a estimativa de dezembro, a Safras elevou em quase 10 milhões de toneladas as sua previsão para a colheita de milho no país, atingindo agora um recorde de 78,4 milhões.
Para as oleaginosas,majoritariamente a soja, há a previsão de um aumento de 19%, coma produção passando de 71,318 milhões de toneladas para 84,951 milhões de toneladas.
O destaque é a alta de 22% na soja, que totalizaria 82,336 milhões de toneladas em2012/13.
"Os preços obtidos no ano passado explicam os aumentos das áreas dedicadas ao plantio de trigo e soja. No caso do arroz e do feijão, foram os problemas de comercialização que acabaram anulando o impacto de preços melhores. E valores estáveis ou menores limitaram as áreas de milho e algodão", explica o analista da Safras, Flávio França Júnior.
A produtividade das lavouras está registrando um "incremento expressivo", disse França Júnior, emnota.
O motivo para isso é o comportamento climático mais regular, com um incremento na utilização de insumos.
Em 2012, quando a maior parte das lavouras da atual safra foi plantada, houve um avanço de 4% nas entregas de fertilizantes no país, de 18% na produção de calcário e de 14% nas vendas de defensivos.
A safra de verão está encerrada. A temporada, no entanto, será finalizada depois do fim do segundo semestre, com a colheita do trigo e das lavouras de milho da segunda safra.
Veículo: Brasil Econômico