Comércio se prepara para a Copa

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Mercados da capital mineira esperam aumento expressivo no número de clientes no período dos jogos.

Não são apenas os hotéis, bares e restaurantes da capital mineira que se preparam a todo vapor para receber turistas para a Copa das Confederações. Os principais mercados distritais da capital mineira também esperam aumento expressivo no fluxo de clientes ao longo do evento, que acontece entre 15 e 30 de junho. Projetos de revitalização estão sendo concluídos, sinalizações bilíngues instaladas, além da oferta de cursos de idiomas aos funcionários e contratação de guias e monitores aptos a auxiliar quem chega de fora.

Um dos principais pontos turísticos da Capital, conhecido por sua vasta oferta de queijos, cachaças, artesanato, frutas frescas e legumes, distribuídos entre 400 estabelecimentos, o Mercado Central de Belo Horizonte, na região central, espera ampliar o número de clientes em 20% ao longo do evento. O local, que normalmente observa estabilidade no movimento anualmente, registrou nos primeiros cinco meses do ano incremento de 5% em relação a 2012.

O superintendente Luiz Carlos Braga afirma que, hoje, cerca de 31 mil pessoas passam diariamente pelo local. A média sobe para 58 mil nos fins de semana. Ao longo da Copa das Confederações, 40 mil devem circular por lá em dias comuns. Para receber os novos clientes, foi elaborada uma cartilha com dicas de uso do inglês e espanhol para facilitar a comunicação entre comerciantes e consumidores. Além disso, 110 placas de sinalização bilíngues foram instaladas.

Na visão de Braga, todos os lojistas do Mercado Central, independentemente do segmento no qual atuam, têm a possibilidade de ampliar os lucros com o campeonato esportivo. "Quem vem de fora vai querer conhecer o Mercado como um todo, não apenas em busca de um item específico. Os produtos típicos de Minas Gerais, como queijos, cachaças, artesanato, entre outras lembrancinhas, estão espalhados por todos os quadrantes", afirma.

Na Feira dos Produtores, no bairro Cidade Nova, na região Nordeste de Belo Horizonte, o movimento, nos primeiros cinco meses deste ano, já supera em 20% o de mesmo período de 2012. A variação positiva expressiva se justifica em função da reforma do espaço, 90% concluída em dezembro do ano passado. No lugar do piso de madeira entrou a alvenaria e as fachadas também foram refeitas, o que deixou o local com um aspecto mais moderno. O custo estimado do projeto é de R$ 1 milhão, além de outros investimentos menores feitos pelos próprios comerciantes em suas lojas.

A finalização da reforma depende somente do estacionamento. Hoje, são disponibilizadas 80 vagas, mas o número vai chegar a quase o dobro, alcançando 150, todas cobertas.

O presidente, Abdala Ibrahim Sheik, afirma que, por meio de uma parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Minas Gerais (Sebrae Minas), a Feira dos Produtores será ainda mais divulgada em locais estratégicos, como aeroportos e hotéis, com o objetivo de firmar o posicionamento do local como ponto turístico e, assim, atrair mais visitantes. "Estamos localizados entre os aeroportos da Pampulha e de Confins, o que é um facilitador para o visitante", salienta.

Cruzeiro - O Mercado Distrital do Cruzeiro, instalado em bairro de mesmo nome, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, prefere apostar na realização de eventos culturais. O empreendimento, que também passa por um processo de revitalização, já teve a parte hidráulica, piso e rede de esgoto substituídos. A fachada também foi reformada e a segurança, reforçada. "A feira de artesanato que acontece aqui já atrai um público expressivo e estamos abrindo mais espaço para atrações culturais, como orquestras e chorinhos, para chamar a atenção do público", diz a presidente, Josiane Simas.

A estimativa do Mercado Distrital do Cruzeiro é ambiciosa, com previsão de expansão de 40% sobre o exercício passado. "Estamos nos esforçando muito para alcançar o objetivo e, por isso, confiantes de que vamos conseguir alcançar o resultado", ressalta. No intervalo de janeiro a maio, o aumento do movimento já é 20% superior frente ao mesmo período do ano anterior.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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