Preços são os mais baixos desde 2009

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A semana voltou a ser muito negativa no mercado internacional do café. Para desespero dos produtores, a Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures) continua procurando um fundo do poço para os preços do arábica, que acabaram batendo nos últimos dias nos patamares mais baixos desde 2009.

A colheita, em fase inicial, vai evoluindo nas regiões produtoras do Brasil, maior país produtor. E, mesmo sendo uma safra de ciclo baixo produtivo, dentro da bienalidade cafeeira, será ainda assim uma grande safra, talvez recorde para anos de ciclo mais fraco.

Com a chegada da safra brasileira, e com o produtor do país ainda detendo boa parte da produção do ano passado a vender, o sentimento no mercado é de tranqüilidade quanto à oferta. O clima vai sendo favorável à colheita até aqui e também não há maiores riscos com o frio. Desta forma, os preços vão sucumbindo diante deste mercado de clima baixista.

Além disso, enquanto as temperaturas caem no Brasil, no Hemisfério Norte o clima vai ficando mais quente, e nesta época cai o consumo de bebidas como o café em grandes centros consumidores (Europa e Estados Unidos). Os grandes compradores, que já foram muito parcimoniosos em suas aquisições mesmo no inverno - em meio à crise econômica europeia, com dificuldades de crédito -, não têm motivos para serem agressivos neste momento, e essa cautela mantém as cotações internacionais do café pressionadas.

Para completar, o governo brasileiro, que já demorou para anunciar o novo preço mínimo, não sinalizou com mais nenhuma medida que sugerisse ao mercado uma maior retração na oferta por parte dos produtores do país. Segue o compasso de espera em relação a possíveis mecanismos como opções e leilões de Pepro.

Enquanto Nova York nesta sexta-feira apresentava no contrato julho preços abaixo de US$ 1,30 a libra-peso - na verdade já caiu abaixo de US$ 1,27 na sessão deste término de semana -, no Brasil os cafeicultores estão vendo cotações se aprofundando para baixo de R$ 300,00 a saca - na verdade, abaixo de R$ 290,00 para os cafés bebida dura.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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