A segunda quinzena de junho começou com um reduzido número de negócios envolvendo feijão. No principal referencial para o grão no país, o atacado paulista, os compradores estão mais distantes do mercado, pois não encontram o produto que procuram, isto é, feijão extra, sem manchas e seco. Assim, a média negociada neste mês está abaixo do mês anterior. Deste modo, segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Renan Magro Gomes, os preços do feijão mantêm a tendência principal de baixa, com feijão extra possuindo apenas valor nominal de R$ 210,00 por saca, já que não está disponível. Nas regiões produtoras do Centro-Sul, os preços seguem caindo com a colheita, enquanto que no Norte-Nordeste a escassez mantém o mercado firme.

Nas regiões produtoras de feijão carioca do Centro-Sul, os preços seguem em queda. No Paraná, as chuvas continuam atrasando a colheita, porém se espera uma melhora das condições climáticas para o fim de semana. O valor médio negociado para a saca de 60 kg do grão é R$ 167,50/sc, isso representa uma variação negativa de 3,1% na semana. Em Santa Catarina, a queda semanal foi semelhante, de 3,37%, com o valor médio ficando em R$ 143,33/sc.

Nas regiões produtoras de feijão preto do Sul do país, o Rio Grande do Sul se destacou com alta semanal, recuperando as duas semanas de estabilidade nos preços. Nesse Estado, a saca de 60 kg está cotada a R$ 129,10 em média, com alta de 1,45% na semana. Em Santa Catarina, os preços médios baixaram 2,32% na semana, passando de R$ 132,50/sc para R$ 129,43. Contudo, o feijão preto mantém valorização de 4,14% no mês e de 29% no ano. No Paraná, o valor médio negociado para a saca caiu 1,59% indo para R$ 139,25.

Na bolsinha paulista, as cotações fecharam em queda para o feijão carioca. "A pressão negativa vem pelo lado dos compradores, que estão mais ausentes do mercado e compram apenas pequenos lotes, pois não encontram a qualidade esperada no produto ofertado", afirma Gomes. Desse modo, a maior parcela ofertada na bolsinha é de mercadoria do tipo comercial ou com algumas imperfeições e umidade, assim as vendas foram fracas. Sendo assim, a saca de 60 kg do carioca extra, nota 9, fechou com indicação nominal de R$ 210,00, com queda de 8,7% na semana.

O carioca especial, nota 8,5, está cotado a R$ 187,50/sc em média, isto é, 8,54% a menos que no fechamento da semana anterior. O comercial nota 8, é cotado a R$ 175,00/sc com queda de 5,41% na semana. O comercial nota 7 está cotado a R$ 150,00/sc ficando estável na semana. Por sua vez o carioca semi-novo é cotado a R$ 135,00/sc, apontando queda de 30,8% no mês.

No atacado, em São Paulo, os preços do feijão preto tiveram uma leve elevação. "Como uma parcela da demanda interna é atendida pelas importações, os preços seguem sustentados pela valorização do dólar frente ao real. Com isso, a tendência continua sendo de alta para a próxima semana", aponta o analista. Sendo assim, a saca de 60 kg do preto extra está cotada na média de R$ 177,50/SC, com alta de 2,9% na semana. O preto especial está sendo negociado a R$ 165,00 em média, representando uma alta de 1,54% na semana.




Veículo: Diário do Comércio - MG