Preço do açaí cai 14% nas feiras da Grande Belém

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ALIMENTAÇÃO O litro do fruto chegou a custar R$ 20, e hoje pode ser encontrado a R$ 16

O açaí, fruto típico e indispensável na mesa dos paraenses, ficou em média 14% mais barato no mês de maio, segundo aponta pesquisa divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), feita nas principais feiras e supermercados de Belém. Somente este ano, o alimento chegou a custar, em média, R$ 19,96 o litro, sendo que nos últimos apontamentos do Dieese-PA - registrados em maio deste ano -, o preço do produto não ultrapassou a casa dos R$ 16,09.

Ainda que a queda no valor do açaí seja evidente, o custo do fruto sofreu alta de 45,22% nos cinco primeiros meses deste ano, contra uma inflação de 3%, registrada em igual período. Já nos últimos doze meses, o alimento registrou alta de 24,92%, contra uma inflação de 7,16%. Na avaliação de comerciantes do produto, a entressafra e o período invernoso foram as principais justificativas para a alavancada no valor do alimento. Com a chegada do verão e da safra, a tendência é que os preços continuem caindo.

O preço do açaí tipo grosso (com mais de 14% de sólidos totais e aparência muito densa) apresentou recuo de 9,53% na virada de abril para maio. Porém, no acumulado do ano, o produto sofreu um reajuste de 16,84%. No caso do açaí tipo médio (que apresenta de 11% a 14% de sólidos totais e tem a aparência densa), os preços variaram no mês de maio entre R$ 8 e R$ 16 o litro. Os primeiros apontamentos feitos pelo Dieese neste mês de junho também apresentam sinais de queda no preço do alimento.

VARIAÇÃO Na avaliação do vendedor de açaí Cláudio Costa, que comercializa o produto há mais de dez anos, em uma feira no bairro de São Brás, a redução no preço do fruto se deu por conta da safra do produto, e, sobretudo, pelo fim do período chuvoso. “Com as chuvas, o produtor tem dificuldade para subir no açaizeiro, e com isso o alimento fica escasso. Consequentemente, o preço sobe”, pontua.

Já o vendedor Flávio Ramos, que atua na feira da Marambaia, espera a volta do antigo fluxo de clientes. “Os fregueses deram uma sumida nestes últimos meses. Somente os cativos continuaram nos visitando, embora comprando em menor quantidade. Tomara que o movimento de antes volte logo”, finaliza. A aposentada Terezinha Wanzeler, de 66 anos, destaca que o açaí é sim indispensável em sua mesa. “Tenho que tomar açaí todo dia. Porém, com a alta de preços, precisei diminuir a quantidade e diluir em água para render”, garante.



Veículo: O Liberal - PA


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