O início das obras de requalificação do Barro Preto, na região Centro-Sul da capital mineira, que estaria previsto para fevereiro do próximo exercício, vai ocorrer em março. Depois de um longo período de espera e negociações entre a prefeitura e representantes dos lojistas da região, estabeleceu-se um período com vistas a um menor impacto nas vendas. O prazo para o início da execução é estimado em 14 meses, o que significa que as intervenções ocorrerão no período da Copa do Mundo.
A data foi definida no início desta semana, em reunião entre o diretor de obras da Secretaria Municipal de Obras e Infraestruturas, Cláudio Neto, e o Conselho do Barro Preto, da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Segundo o diretor do Conselho, Fausto Izac, o período escolhido é positivo, uma vez que evitará maiores perdas ao comércio local, que já tem sofrido impactos negativos das demais intervenções que vêm sendo realizadas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
"Imagine o caos que mais uma obra causaria aos lojistas. Já bastam as perdas que têm sido geradas com os transtornos para implantação do BRT, sistema de transporte coletivo por trânsito rápido, na região central. Desde o início buscamos argumentar que é preciso encerrar uma frente de trabalho para somente depois começar outra, como melhor forma de trabalhar", explica.
Expectativa - Ainda segundo Izac, a expectativa é de que o prazo agora seja cumprido. Ele se refere ao fato de a primeira estimativa da prefeitura, de que as obras fossem iniciadas em março ou abril deste ano, não ter sido cumprida. "Quantos meses já se passaram, e só agora tivemos uma definição? Esperamos que no ano que vem isso não se repita", diz.
Ele lembra que ainda é grande o pessimismo entre os empresários do Barro Preto. Pesquisa recente realizada pela CDL-BH revelou que 42,11% dos lojistas da região acreditam que o impacto das obras será negativo, devido aos transtornos causados pelas intervenções, como bagunça e perda de clientes. "Ainda assim, o número dos que pensam positivamente é maior (57,89%). O que temos feito para isso ocorrer, de fato, é manter as negociações para que o cronograma e o planejamento sejam cumpridos. Além disso, vamos acompanhar cada etapa da obra de perto", garante.
Veículo: Diário do Comércio - MG