As cotações futuras do cacau registraram queda significativa ontem na Bolsa de Nova York, com investidores embolsando lucros após as altas recentes. O contrato com vencimento em setembro caiu 2,3%, a US$ 2.280 por tonelada, o menor preço de fechamento desde 15 de junho. Chuvas na África Ocidental, de onde saem dois terços do cacau consumido no mundo, melhoraram as perspectivas para a safra principal da região e desencadearam o movimento de realização de lucros. Segundo analistas, o mercado não tinha mais forças para subir, depois de ter acumulado forte valorização em julho, em meio a sinais de aumento da demanda global por chocolate.
O açúcar bruto avançou 2,7%, com a volta de compradores ao mercado. Os ganhos foram acentuados por ordens automáticas de compra, disparadas depois que os contratos ultrapassaram o nível de 16,55 centavos de dólar por librapeso. Em meados de julho, o açúcar ficou abaixo de 16 centavos de dólar e investidores decidiram reduzir apostas na queda das cotações. Desde então, o mercado já subiu quase 6%.
Na Bolsa de Chicago, o milho caiu 0,6% e a soja, 0,7%. Os dois grãos foram pressionados pela expectativa de temperaturas relativamente baixas nas regiões produtoras dos Estados Unidos nas próximas duas semanas, o que deve beneficiar o desenvolvimento das lavouras nesse período. Já o trigo fechou em ligeira alta, de 0,2%. Na semana passada, o grão acompanhou a desvalorização do milho e os preços baixos acabaram atraindo alguns compradores ontem.
Veículo: O Estado de S. Paulo