Segundo a Ceasa, o valor da saca do produto saltou de R$ 16,04 para R$ 49,00, gerando mais custos ao consumidor
O cearense terá de comer seu feijão de cada dia com menos farinha, além de reduzir o consumo da banana prata na sobremesa. De acordo com dados da Central de Abastecimento do Ceará S/A), entre junho de 2012 e de 2013 (Ceasa-CE), o preço da farinha d´água grossa - preferida da população local - aumentou 205,5%, passando de R$ 16,04 a R$ 49,00 o preço do fardo de 10 quilos do produto. Em igual período, o saco de 60 quilos do feijão de corda (Macassar) teve seu custo reduzido em 18,3%, de R$ 150,00 para R$ 122,50, enquanto o cento da banana prata experimentou alta de 108,44%, saltando de R$ 7,70 para R$ 16,05.
De acordo com o chefe da Unidade de Informação de Mercado Agrícola da Ceasa, a alta na farinha também deve-se à falta de chuvas no Estado Foto: Cid Barbosa
A oscilação de preços, segundo Odálio Girão, chefe da Unidade de Informação de Mercado Agrícola da Ceasa, está relacionada a fatores climáticos. "As chuvas foram muito escassas no ano passado, então em 2013 a produção se ressentiu, resultando na baixa oferta da banana prata no mercado.
Em relação à farinha, Odálio Girão afirma que todo o Nordeste foi prejudicado com a queda da produção de mandioca. "A produção de farinha foi bem diminuta esse ano. Por isso, ela foi trazida do Paraná por um preço mais alto, mas que já está desacelerando", observa.
Apesar do alto consumo na região, ele explica que o feijão de corda baixou de preço por apresentar um resposta rápida no intervalo entre plantio e colheita. "O nordestino e o sertanejo, de modo geral, consome muito o feijão de corda, mesmo assim não houve impacto maior entre oferta e demanda porque as poucas chuvas que ocorreram foram suficientes para irrigar esse tipo de feijão. Então tivemos uma produção favorável não só no Ceará como também em Goiás e na Bahia. Com uma boa oferta, o preço também ficou acessível, apesar do consumo forte".
Veículo: Diário do Nordeste