Aporte de R$ 300 mi em Pouso Alegre

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Grupo argentino Envase vai investir em uma fábrica destinada à produção de tubos para desodorantes.

Pouso Alegre (Sul de Minas) está perto de anunciar mais um grande investimento em seu parque industrial. Desta vez, o grupo argentino Envase vai aportar cerca de R$ 300 milhões na construção de uma fábrica destinada à produção de tubos para desodorantes, produzidos pela Unilever Brasil Alimentos Ltda, que também tem um centro de distribuição (CD) em fase de instalação no município.

Quando entrar em operação, a unidade do grupo argentino vai gerar 500 empregos diretos. Para atrair a inversão, o governo de Minas Gerais promoveu a redução de 12% para aproximadamente 3% na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

As informações foram dadas pelo secretário de Desenvolvimento Econômico de Pouso Alegre, Rafael Prado dos Santos, durante o evento "Rotas para o Futuro", promovido ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), na sede da Regional Sul da entidade.

"A empresa decidiu vir para Minas Gerais em função do benefício fiscal concedido pelo governo do Estado. E para Pouso Alegre devido à localização estratégica da cidade para o escoamento da produção até a unidade de Jundiaí (SP), onde a Unilever dará prosseguimento ao processo industrial, colocando as válvulas de spray nos tubos de desodorantes fabricados na planta mineira", explicou Santos.

A localização geográfica de Pouso Alegre faz do município o mais importante entroncamento rodoviário da região Sul de Minas, respondendo por pelo menos 20% do trânsito das mercadorias produzidas no Estado e em São Paulo, maior mercado consumidor do país, tornando-se o principal fator que impulsionou a atração de indústria para a cidade nos últimos anos.

A recente onda de investimentos que Pouso Alegre recebeu colaborou para alavancar a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) do município, que neste ano, conforme Santos, deve chegar aos R$ 8,7 bilhões. O governador em exercício de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, também presente ao evento, revelou que, nos últimos dez anos, a cidade atraiu cerca de R$ 10 bilhões em aportes.

Entre as inversões está a da gigante chinesa Xuzhou Construction Machiney Group (XCMG), uma das maiores fabricantes mundiais de máquinas pesadas. Os investimentos na unidade industrial devem chegar a US$ 500 milhões até 2015. A fábrica irá produzir, inicialmente, guindastes, rolos compactadores, motoniveladoras, escavadeiras e pás-carregadeiras.

Além disso, a própria Unilever está construindo em Pouso Alegre um dos seus principais CDs do país, que deve começar a operar ainda neste semestre, conforme já divulgado. A DHL, empresa de logística vai administrar o empreendimento e já deu início ao processo de contratações de cera de 500 funcionários.

O setor farmacêutico também cresceu e já transformou a cidade em um polo do setor. Recentemente, a indiana ACG confirmou aportes de R$ 50 milhões para fabricar, inicialmente, 2 bilhões de cápsulas para medicamentos por ano, com previsão de aumentar a produção para 10 bilhões de unidades anuais a partir de 2015. A conclusão das obras da plataforma está prevista para junho de 2014.

Além da ACG, já atuam na cidade três empresas brasileiras do segmento farmacêutico: a União Química, posicionada como uma das dez maiores do setor no país; o Grupo Cimed; e o grupo Cristália, que em meados deste ano adquiriu, do grupo indiano Maneesh, o Laboratório Sanobiol.


Terceirização
- O presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior, que também esteve presente no "Rotas para o Futuro", voltou a destacar a importância da aprovação do Projeto de Lei 4.330/2004, que regulamenta o trabalho terceirizado no Brasil e que deve ir hoje à votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

" de grande importância a legalização da terceirização para a empresa e para o trabalhador, que não vai ser prejudicado. A legalização da atividade criará condições legais e jurídicas estáveis que darão maior segurança para ambos.  um assunto nacional, mas da maneira que Minas trata o tema, perdemos postos de trabalhos para outros estados", disse o presidente da Fiemg.




Veículo: Diário do Comércio - MG


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