Abilio quer grande empresa de alimentos como produtora global

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Transformação deve ser feita principalmente com aquisições

Empresa está avaliando companhias no Oriente Médio e na China, mas nenhum negócio está perto de ser fechado


As mudanças que Abilio Diniz planeja para a BRF, empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão, ainda não estão concluídas. Nos próximos quatro meses, a equipe do empresário vai avaliar as áreas industrial e de mercado externo.

Está prevista a venda de ativos não estratégicos, como granjas, florestas, galpões e a realocação de alguns centros de distribuição. A empresa, no entanto, não pretende deixar nenhum segmento.

Na área externa, a BRF quer passar de companhia exportadora a produtora global. Essa transformação deve ser feita principalmente com aquisições. Segundo a Folha apurou, a empresa está avaliando companhias no Oriente Médio e na China, embora nenhum negócio esteja perto de ser fechado.

"Não pretendo deixar a BRF com a cara do Abilio", garantiu o empresário, que assumiu o conselho de administração em abril.

Na reestruturação anunciada ontem, o executivo manteve pessoas da equipe antiga na maior parte das vice-presidências, mas trouxe pessoas de sua confiança para cargos estratégicos.

O consultor Claudio Galeazzi, amigo de Diniz desde a época em que reestruturou o Pão de Açúcar, foi anunciado como o novo presidente global. Ainda estão abertas as vagas de presidente no Brasil e também de presidente internacional.

COMERCIAL

As áreas comercial e administrativa são as que já estão passando pelas maiores mudanças. A empresa alterou a organização da equipe de vendas, que estava dividida por marca e agora está focada nos clientes.

"A companhia era empurrada pelo setor industrial. O comercial tinha que vender tudo que era produzido. Agora vamos ser puxados pelo consumidor", disse Abilio.

Segundo Galeazzi, existe uma "área branca" de pontos de venda que a empresa ainda não alcança, apesar de ser a dona das duas marcas líderes do mercado.

Segundo a Folha apurou, essa reestruturação implicou a demissão de 1% dos colaboradores ou 1.100 pessoas. A empresa não confirma e diz que não possui nesse momento uma estimativa.



Veículo: Folha de S. Paulo


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