A multinacional francesa de laticínios Senoble e o grupo paranaense Guerra, do setor de agronegócios, fecharam uma joint venture e estudam a instalação de uma planta no país.
As companhias planejam construir uma fábrica de sobremesas congeladas na região de Ponta Grossa (a cerca de 110 km de Curitiba).
Ricardo Guerra, diretor-executivo do grupo brasileiro, não revela o valor do investimento, mas afirma que seria semelhante ao aportado pela Senoble em uma fábrica que está em construção no interior da Espanha.
Nesse empreendimento, estão sendo aplicados cerca de € 63 milhões (R$ 200 milhões, aproximadamente).
A situação econômica e política do país, porém, dificulta a implementação do projeto.
"As manifestações que ocorreram em junho deixaram os franceses um pouco inseguros. O câmbio também não ajuda, porque muitas matérias-primas são importadas", diz Guerra.
"Devemos tomar uma decisão até o final deste ano."
Hoje as empresas estão desenvolvendo pesquisas de mercado no país.
Os preços e a aceitação da marca entre consumidores de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Campinas e Belo Horizonte estão em análise.
O presidente da Senoble, Marc Senoble, esteve no Brasil em fevereiro para iniciar as negociações com o governo do Paraná. A Prefeitura de Ponta Grossa, que também o recebeu, afirma que ele deve retornar nos próximos dias.
A empresa tem 12 fábricas na Europa e 3.200 funcionários. O grupo Guerra tem faturamento de R$ 300 milhões.
Veículo: Folha de S. Paulo