Criação de vagas de emprego deve ser menor que em 2012

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A criação de vagas no mercado de trabalho brasileiro deste ano deve ser menor. Segundo especialistas consultados pelo DCI, o nível de desemprego no ano deve se manter estável em relação a 2012, entre 5,5% a 6% de taxa, mas a criação de novas vagas deve sofrer uma queda.

Para o professor e especialista em mercado de trabalho, José Pastore, "devemos ter de 100 a 150 mil vagas a menos em 2013". "A geração de emprego formal deve ficar em torno de 1 milhão a 1,2 milhão de vagas", disse.

Ao ser questionado sobre a diferença entre o desempenho do mercado de trabalho neste ano, em que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mostra sinais de melhora econômica, o desemprego, segundo o especialista, não é tão influenciado pelo crescimento, mas sim pela volatilidade do nível de consumo.

"No ultimo ano, o modelo de consumo estava mais ativo do que este ano, agora as famílias estão consumindo de uma maneira decrescente, os preços subiram e o endividamento aumentou muito. Quando esta área de consumo é afetada, a geração de empregos ,que estava baseado neste modelo, também sofre".

Pastore também não descarta a mudança demográfica que a sociedade brasileira vem sofrendo nos últimos anos. "Temos menos gente procurando emprego devido a queda da demografia e da fecundidade, e quando você tem menos pressão por emprego, não vai ter mais emprego", disse.

Indicador

O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou ontem o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp). Segundo os dados, o índice teve alta de 2,6% em agosto em relação ao mês anterior, considerando o ajuste sazonal. O resultado representa uma acomodação após quedas de 1,3% e 5,7%, em junho e julho, respectivamente, sem alterar a tendência de desaceleração do ritmo de contratações da economia brasileira observada desde o último mês de abril.

Segundo o pesquisador de economia aplicada do Ibre/FGV, Fenando de Holanda Barbosa Filho, o indicador acabou "devolvendo em parte aquela queda de 5,7% do mês passado, e os principais componentes que explicam essa aceleração estão atrelados ao setor de serviços, a situação atual de negócios e a tendência do futuro, ambos tiveram uma melhora substancial, puxando o IAEmp para cima, ou seja, uma maior geração de empregos".

A FGV também divulgou o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), segundo Barbosa Filho, "o ICD, devolveu também um pouco da deterioração do período passado, enquanto no mês passado houve uma queda fortíssima na geração de empregos que ocasionou uma queda recorde na geração de emprego, de 7,2%, parcialmente devolveu 2,3% mostrando uma tendência de deterioração do mercado de trabalho, com uma tendência de aumento da taxa de desemprego nos próximos meses", concluiu o especialista da FGV.

Em entrevista ao DCI, o pesquisador afirmou, que o segundo semestre deste ano deve ser um "pouco mais fraco" em relação ao ano passado, mesmo este período sendo, tradicionalmente melhor para a criação de novas vagas devido às festas de fim de ano. "O mercado de trabalho está bastante nebuloso ainda, o desemprego deve continuar crescendo, mas não muito, o governo está tentando estimular a economia", completou.




Veículo: DCI


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