Frutal traz técnicas produtivas e até clonagem de frutas

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Alternativas de aumento da qualidade e da capacidade de produção são destaque entre os expositores

A diversidade de novidades, bem como as tecnologias utilizadas para melhorias no plantio dos produtores rurais vêm chamando a atenção de quem passa pela 20ª Semana Internacional da Fruticultura e Agroindústria (Frutal), que espera receber 35 mil pessoas entre os dias 9 a 12 de setembro, no Centro de Eventos do Estado. Para este ano, o evento adotou o tema "Produzir bem, vender bem" e traz cerca de 300 expositores.

Além de trazer as frutas tradicionais da região, com tecnologia voltada para elas, uma outra novidade exposta na feira, durante os quatro dias de evento, é a produção de maçã, pera e cacau no Ceará .

Aumentar a produção de forma considerável cultivando frutos de qualidade é uma das propostas que a empresa cearense Biofábrica traz à feira. Por meio da clonagem de plantas, o produtor poderá até dobrar o número de mudas utilizando a tecnologia. "O processo leva, em média, 90 dias. O produtor pode escolher alguma muda que já existe na nossa fábrica ou pode reproduzir uma planta que ele já tenha. Produzimos hormônios naturais e nutrientes da própria planta de acordo com as necessidades dela. O produtor vai escolher uma planta que já tenha um ótimo potencial e fazemos a clonagem", explica o analista da empresa, Vicente Barros.

Do Ceará para o mundo

Criatividade é o que não falta quando o assunto é proteger o fruto e evitar danos à produção. Foi o investimento do empresário Mario Mezzedimi, proprietário da Agrotex, que aposta em sacos de TNT com elástico na boca, capazes de facilitar na hora da colocação e responsáveis por impedir o contato dos frutos com insetos e pragas. "Isso é colocado no fruto a partir do momento em que está só o botão ou a flor, e ele se desenvolve dentro do saquinho. A vantagem é que ele não necessita de produtos defensivos agrícola. Fica um fruto puro e de boa qualidade, e a rentabilidade e a produtividade aumentam", explica.

A expectativa da Cia. Docas do Ceará é de aumento na exportação de frutas no segundo semestre deste ano, fechando 2013 com 70 mil ton FOTO: KID JÚNIOR

O produto é fabricado na Serra da Ibiapaba e já é comercializado em seis estados. Com a exposição na feira, a perspectiva é de que a novidade seja exportada para outros países. "Aqui, nós tivemos uma grata surpresa, com o interesse de muita gente de fora e de muitos produtores de outros países. Inclusive, tivemos um contato com um importador da Espanha que quer levar o nosso produto", comemora.

Novos frutos

Uma outra novidade exposta na feira é a produção de maçã, pera e cacau no Ceará. Conforme o Gerente de Projetos e Mercado da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Sérgio Bayma, os estudos sobre o assunto vinham sendo feitos há três anos e apenas agora a colheita está acontecendo.

"As variedades são ótimas e nós vamos avaliar a produtividade para ver como ficará a parte econômica. Essa plantação está sendo feita em propriedades particulares de seis pontos do Estado, como a Serra da Ibiapaba, Tabuleiro de Russas", conta. Para a produção, segundo ele, é necessário o uso de diversos experimentos até que o fruto se adapte à terra. "Maçã e pera são frutas de clima temperado. Elas não são produzidas em clima tropical como o nosso, mas são variedades adaptadas. Utilizamos meios tecnológicos, vamos plantando e vendo como é o comportamento até observar um híbrido que suporte o calor. O cacau não é uma fruta de clima temperado. É tropical, mas não existia no Ceará", complementa.

O Porto de Fortaleza, administrado pela Companhia Docas do Ceará (CDC), também está presente no evento apresentando aos clientes em potencial sua infraestrutura disponível para a exportação de frutas para a Europa. "Nos contatos, informamos sobre tarifa, operação, estadia de contêiner, quem são os armadores e quem são os despachantes. Questões mais específicas estamos direcionando para os órgãos responsáveis. A movimentação intensa no nosso estande deixa o Porto de Fortaleza otimista", explica Mário Jorge Cavalcanti, diretor de Infraestrutura e Gestão Portuária da CDC.

Exportações


Conforme Mário, a expectativa da Companhia é de aumento na exportação de frutas no segundo semestre deste ano, tendo em vista o pico da safra iniciada neste mês. "Estima-se encerrar 2013 com aproximadamente 70 mil toneladas de frutas exportadas entre melão, banana, manga, mamão, abacaxi, limão, acerola e coco verde", adianta.



Veículo: Diário do Nordeste


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