O mercado físico de açúcar seguiu com preços firmes nesta semana no Brasil. Apesar da estabilidade, o mercado se encontra gradualmente mais forte a cada dia, diz o analista de Safras & Mercado Maurício Muruci. As vendas, contudo, continuaram envolvendo volumes imitados. As indústrias atuam no mercado somente em função de reposição de estoques de curto prazo.
No outro lado, a oferta também não se mostra muito intensa. As unidades produtoras há duas safras vêm mostrando maior tendência de fixação de preços em bolsa em função, reduzindo a atuação no mercado físico. Isso cada vez mais tende a aumentar no segmento, dando uma importância maior aos mercados futuros internacionais, visto que alguns contratos negociados na BM&ãFBovespa não apresentam grande liquidez como o principal referencial de preço que, no caso, é a Bolsa de Nova York. Está cada vez mais comum a ocorrência de unidades produtoras que fixam 100% de sua produção nos mercados futuros. O açúcar cristal com até 150 Icumsa passou a semana inteira com preços estáveis, a R$ 44,00 a saca de 50 kg em Ribeirão Preto, São Paulo.
Estimativa - O mercado global de açúcar deve registrar um superávit de produção de dois milhões de toneladas durante a temporada 2013/14, ante uma estimativa inicial que apontava um excedente de 3,9 milhões de toneladas, conforme avaliação da trading britânica Czarnikow. "O que acreditamos que aconteceu foi que as quedas nos preços e a maior acessibilidade foram suficientes para atraírem a demanda, que tem sido bem mais forte do que imaginávamos. Nos últimos 12 meses, temos sido surpreendidos pelo fortalecimento da demanda no mercado físico de açúcar e pelo crescimento do comércio global que temos observado", disse a trading.
Os números revisados da Czarnikow indicam uma queda mais consistente na produção em relação ao que era esperado, com a estimativa caindo de 182,8 milhões de toneladas para 181,8 milhões de toneladas, ante as 185,8 milhões de toneladas do ano passado, com os produtores se adaptando aos rendimentos menores. A trading coloca que a queda na produção é influenciada principalmente pelos declínios na produção de açúcar de beterraba, que deve atingir 34,3 milhões de toneladas, a menor marca desde 2010/11.
Veículo: Diário do Comércio - MG