Muito antes do anúncio do impacto positivo dos negócios da soja na economia, os produtores gaúchos planejavam suas apostas para o ciclo 2013/2014. O planejamento da safra do grão no Estado normalmente ocorre entre maio e agosto.
No embalo positivo da época – agora reforçado pelas projeções de uma safra americana menor, conforme dados do departamento de agricultura dos Estados Unidos, o USDA –, estabeleceram novas metas para a produção.
Não há muito mais avanços a serem obtidos quando se fala em área no Rio Grande do Sul, observa Jorge Rodrigues, presidente da Comissão de Grãos da Federação da Agricultura do Estado (Farsul). Mas a região da Campanha e o sul do Estado devem ter crescimento de área que pode chegar a até 10%.
Nesses locais ainda há um espaço cerca de 1 milhão de hectares para a soja se desenvolver. Mas esse espaço deverá ser ocupado gradativamente, ano a ano.
Presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-RS), Ireneu Orth também aponta o sul do Estado como o local onde o grão poderá ter acréscimo de área em 2013/2014. A estimativa dele é de alta entre 10% e 15%, o que “teria um reflexo de até 4% no total do Estado”. As novas “fronteiras agrícolas” são espaços abertos em áreas de pecuária e de arroz.
Se os espaços estão contados, é preciso investir em tecnologia e precisão para fazer a colheita crescer a partir de uma produtividade maior. O clima também tem um papel importante nesta equação. Por ora, o bom cenário e as previsões alçam o Brasil à condição futura de maior produtor do grão, superando os EUA. O Centro-Oeste já se prepara para dar a largada no plantio – a abertura oficial será no próximo dia 26, em Sinop (MT).
– Se não tivermos problemas no clima, iremos passar deles – opina Orth, em relação à produção americana.
Veículo: Zero Hora - RS