Setor pet registra alta de 7,5% e incrementa tática de vendas

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Para que o mercado de produtos voltados para animais domésticos (pets) continue crescendo acima do varejo tradicional, empresas estão se reinventando e ofertando novos serviços.

De olho na ascensão da classe C e na maior demanda por produtos voltados a animais específicos, como gatos, por exemplo, o setor espera um faturamento de R$ 14,4 bilhões.

A cifra equivale a um crescimento real de 7,5% ante o ano passado, variação maior do que os 4% previstos para o varejo pela consultoria GS&MD - Gouvêa de Souza. Os dados foram apresentados em levantamento feito pela empresa em parceria com a Comissão Animais de Companhia (Comac).

Em busca desse crescimento, muitos players apostam na aproximação dos donos aos seus animais de estimação. "Observamos muitas pessoas das classes C e D que às vezes gastam mais do que donos das classes A e B. O valor gasto no cuidado com os bichos depende muito da relação de afeto existente. Quanto mais próximo o dono do pet, maior o investimento nele", afirma o diretor de marketing e expansão do Grupo Pet Center Marginal, Hélio Freddi Filho.

A rede aposta em ações para reforçar essa relação entre pet e cliente e trazer mais consumidores para as lojas.

"Apostamos muito no entretenimento para trabalhar esse ponto. Realizamos desfiles de cães, palestras e seminários para os donos e apresentação com animais exóticos, por exemplo."

A empresa relata bons números no ano de 2013, segundo Freddi. "Aumentamos nosso faturamento em torno de 30% este ano na comparação com o ano passado, e ainda vamos inaugurar mais quatro lojas, fechando o ano com 25 operações. Todas as nossas expectativas foram atingidas." Os próximos locais a receberem lojas do Pet Center Marginal são Niterói (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Sorocaba (SP) e São Caetano do Sul (SP). "Em 2014, esperamos, no mínimo, repetir o crescimento que tivemos em 2013", aponta o empresário.

Além dos eventos e ações promocionais, o Pet Center Marginal anunciou algumas novidades, como o lançamento de mais um canal de venda, o m-commerce - vendas através de smartphones e tablets - que se junta à loja virtual da rede, às televendas e às operações físicas.

Simultaneamente à maior disposição de gastar com animais de estimação por parte dos donos, a evolução do poder de compra da classe C é um dos fatores que impulsionam o setor pet. "Com o crescimento da classe emergente, a classe C está ingressando cada vez mais nesse mercado. Esse público já procura por rações premium, por exemplo, assim como outros produtos mais caros" argumenta o sócio sênior da GS&MD - Gouvêa de Souza e responsável pela área de inteligência de mercado, Luiz Góes.

Categorias em crescimento

Entre os dados abordados no estudo feito pela GS&MD e pela Comac, um dos destaques é a evolução da procura por gatos, que já representam 22% dos animais de estimação. Na contramão, também é o com maior rejeição: 21% das pessoas não teriam um felino em casa. "O gato continua sendo o mais rejeitado, mas é o que mais cresce. Isso por se adaptar a ambientes pequenos, sendo mais independente que o cão e podendo ficar mais tempo sozinho", aponta André Prazeres, porta-voz da Comac.

A gerente de marketing da Cobasi, Daniela Bochi, confirma essa tendência. "Houve crescimento na demanda por produtos para gatos, muito pela verticalização urbana, pois os felinos se adaptam bem a ambientes pequenos".

A Cobasi, que pretende encerrar o ano com 23 operações, também confirma o bom momento do setor, sobretudo para os grandes players. "Estamos em plena expansão, pois até o final de 2013 teremos um crescimento expressivo de 53% em relação a 2012. Para o setor pet, não existe crise", afirma Bochi.




Veículo: DCI


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