O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) aposta em uma nova tentativa para reduzir danos causados aos consumidores nas compras de fim de ano. O órgão lançou uma cartilha de orientação aos compradores sobre seus direitos.
Cerca de 2 mil exemplares da publicação serão distribuídas na próxima semana no evento Desafios do Sistema Estadual de Defesa do Consumidor - Integração e Implementação.
Segundo a coordenadora do Centro de Apoio de Promotorias do Consumidor, Christiane Cassava, a entidade organizou a iniciativa após um número elevado de reclamações no mês de dezembro. "Prazos de troca, produtos comprados pela internet que não chegaram e valores errados na hora da compra on-line são reclamações habituais nesta época do ano", afirma.
Christiane ressalta que "essa é uma iniciativa inédita com atuação integrada de todos os órgãos de defesa do consumidor. Nosso objetivo é minimizar os problemas com as compras de Natal e orientar os consumidores sobre seus direitos, além de fiscalizar a atuação do comércio".
Os órgãos do estado carioca se dividirão em diferentes funções para a fiscalização do consumo no final do ano. A Fundação de Proteção e Defesa ao Consumidor do Rio de Janeiro (Procon-RJ) será responsável pelo monitoramento das lojas. Já o Procon Carioca, de atuação municipal, será responsável pela verificação do comércio eletrônico.
Entre as medidas lançadas, o MPRJ disponibilizará em seu site um espaço para os consumidores deixarem queixas. A tarefa será efetuada pelo segmento chamado de Fiscal Cidadão. A coordenadora informa que provavelmente essa ação "se estenderá até o mês de janeiro, já que o pós-natal também acumula um grande número de reclamações".
Black Friday
A quarta edição da Black Friday - data adaptada do mercado estadunidense que traz promoções agressivas por parte dos varejistas virtuais - também costuma ser alvo de reclamações.
No ano passado, algumas companhias brasileiras aumentaram os preços semanas antes do evento, para então fornecer desconto. Ainda assim, as vendas cresceram 117% em relação ao ano anterior, movimentando R$ 217 milhões no e-commerce.
Para combater possíveis fraudes, os lojistas que aderirem ao evento terão um selo, que indica que as ofertas têm credibilidade. "As empresas terão que deixar evidentes também quais são os produtos com desconto", destaca o diretor. "Este é um evento que só se dá bem quem agir com seriedade. Os varejistas devem aproveitar a oportunidade para fidelizar os clientes. Após uma boa experiência no Black Friday, o consumidor pode voltar à mesma loja em compras futuras assim como pode não voltar caso seja enganado", comenta.
Este será o primeiro ano da De Meo na Black Friday. A loja trará produtos com descontos de 30% a 70%, tanto nas lojas físicas como na virtual. A empresa informa que algumas das compras de final de ano podem ser efetuadas já na sexta-feira. "Além de aproveitar os preços e antecipar os presentes de Natal, as pessoas querem evitar as filas e correria de última hora", conclui Eugênio e Silva.
Veículo: DCI