O Dieese divulgou nesta quinta-feira (5) a pesquisa mensal sobre a cesta básica, realizada em 18 capitais brasileiras. Destas, em pelo menos 15 os preços dos alimentos da cesta básica subiram em média 8,18%. A cesta básica mais cara foi encontrada em Porto Alegre (R$ 328,72), enquanto a mais barata era a de Aracaju (R$ 218,71).
No mês de novembro, os maiores reajustes aconteceram em Fortaleza (3,47%), em Florianópolis e Belo Horizonte (2,67%) e em Vitória (2,43%). As três capitais onde os preços médios caíram foram Goiânia (-3,06%), Aracaju (-1,73%) e no Recife (-0,69%). Na capital pernambucana, a cesta básica custava em novembro R$ 268,34.
O item que teve maior redução foi o feijão, cujo preço caiu em 14 capitais pesquisadas. A explicação tem relação com a maior oferta por conta da safra. Por outro lado, a farinha de mandioca e o leite estão entre os itens com maiores reajustes, devido à redução na produção.
"A mandioca sofreu com a seca, com pragas e com uma menor área de cultivo e a produção de leite também foi afetada por vários fatores, incluindo a seca. O reajuste médio do litro do leite nos últimos 12 meses foi de 24,91%, o que gera impacto também nos derivados, como a manteiga", explica Jackeline Natal, do Dieese.
Ela cita também a carne como outro produto com grande impacto nos reajustes. O valor do quilo da carne subiu em média 8,38%. "Apesar dos reajustes, o que se percebe é um ajuste para baixo na rota dos preços dos produtos. Mas mesmo assim eles não alcançaram os valores do ano passado. O valor médio da cesta básica no Recife já foi de R$ 290 este ano, ficou em R$ 268,34 em novembro, mas no mesmo período de 2012 estava em R$ 248,05", completa Jackeline Natal.
Segundo o levantamento do Dieese, o salário mínimo necessário para suprir as necessidades de uma família com quatro pessoas deveria ser de R$ 2.761,58, 4,07 vezes o salário mínimo vigente no país, de R$ 678.
Veículo: Diário de Pernambuco