A francesa Nutrionix, focada na elaboração de soluções para a redução de sódio nos alimentos industrializados, investiu cerca de 4 milhões de euros para dar início às suas operações no País.
Para atender a demanda das empresas instaladas no Brasil, a multinacional contará com um escritório comercial, instalado em São Paulo, e com um centro técnico em Ribeirão Preto (SP), além do centro de produção de sais tecnológicos localizado no Estado do Rio Grande do Norte.
"Decidimos investir no Brasil porque o mercado oferece uma perspectiva boa para o futuro. Nas nossas projeções, até o final de 2017, o País deve responder por 20% das vendas anuais da Nutrionix. Acreditamos muito no potencial deste mercado", afirmou ontem o presidente da companhia na América Latina, Jean Marc Secondi, durante evento da Associação Brasileira da Indústria Alimentícia (Abia).
O laboratório destinado para pesquisas, em Ribeirão Preto, deve iniciar as suas atividades no próximo mês de junho. Já a produção de sais tecnológicos na unidade fabril do Rio Grande do Norte está programada para começar no mês de setembro.
"Podemos produzir cerca de 10 mil unidades de sais por ano na unidade fabril do Nordeste", disse Secondi. Ainda de acordo com ele, além de atender ao mercado nacional, a empresa tem interesse em expandir seus negócios para outros países da América Latina. Na Europa, a francesa oferece soluções para vários segmentos da indústria como o de panificação, molhos, queijos, embutidos salgados, salgadinhos, entre outros.
A chegada da companhia ao Brasil coincide com a procura, cada vez maior, das empresas instaladas no País, por soluções capazes de reduzir o teor de sal dos alimentos industrializados.
Os compromissos firmados entre o Ministério da Saúde e a Abia também impulsionam o movimento. "De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) cada pessoa deveria consumir no máximo 5 gramas de sódio por dia. No Brasil, esse índice gira em torno de 12 a 13 gramas por dia, segundo estudo do IBGE divulgado em 2009", explicou o presidente da Abia, Edmundo Klotz ao DCI.
Ainda segundo o executivo, a maioria das indústrias no Brasil já reduziu o que podia no teor de sal encontrado nos seus alimentos. "No início, a retirada de sal foi física. Agora, é preciso dar um passo adiante. Devemos encontrar novas tecnologias".
Veículo: DCI