Na primeira semana de julho, o preço do feijão carioca no mercado nacional apresentou elevação, contrariando as expectativas do mês anterior. Segundo o analista de Safras & Mercado Jonathan Staudt Pinheiro, as variações positivas foram consideráveis. O preço do feijão carioca extra nota 9 era ofertado a R$ 89 por saca de 60 quilos e passou para R$ 97,50 no final desta semana - alta de 9,55% no valor médio. O carioca especial nota 8,5 era ofertado a R$ 82,50 por saca no início da semana e passou a ser ofertado por R$ 87,50, variação positiva de 6,06%.
A maior valorização foi apresentada pelo feijão carioca comercial nota 8, que passou de R$ 67,50 para R$ 77,50 por saca, acréscimo de 14,8%. O feijão comercial nota 7 passou de R$ 57,50 para R$ 62,50, e o comercial nota 6 não obteve variação, mantendo o preço médio nominal de R$ 47,50 por saca.
De acordo com o analista, a melhora nos preços se deve à redução da oferta de Minas Gerais, além da boa demanda de empacotadores que estiveram bastante ativos na bolsinha no início do sétimo mês de 2014. "A expectativa agora é com a entrada na segunda-feira, pois o mercado passa por um período de mudança na origem do feijão", comenta Pinheiro.
Ele explica que, durante o mês de junho, praticamente toda a oferta de feijão carioca extra foi proveniente do Sul de Minas. Com a redução de oferta desta região durante a semana, o mercado ficou dependente da entrada de feijão verde irrigado da terceira safra. "O problemaõ é que ainda são poucas as lavouras irrigadas que iniciaram as colheitas", alerta.
Estável - Ao contrário da variedade carioca, o feijão preto manteve-se estável na primeira semana de julho, apesar da leve alta que ocorreu no fim do mês anterior devido à quebra de safra do Paraná.
O feijão preto extra apresenta preço médio de R$ 137,50 por saca, 3,8% superior ao praticado no mês passado e 25% inferior ao mesmo período de 2013. Já o feijão preto especial segue ofertado a um preço médio de R$ 120 por saca de 60 quilos, 2,1% maior do que no mesmo período de junho e atingindo variação negativa de 27% quando comparado ao ano anterior. (Da Redação)
Veículo: Diário do Comércio - MG