No decorrer da semana passada, o feijão carioca apresentou novamente altas consideráveis, elevando as cotações para muito próximo do mínimo no atacado paulista. A maior valorização foi para o carioca extra nota 9, que segue pouco ofertado e bem demandado, subindo 12,22%, de acordo com a consultoria Safras & Mercado.
Enquanto isso, o carioca comercial nota 7 teve valorização de 10,83% e o carioca especial nota 8,5 subiu 10,12%. Já o carioca comercial nota 8 registrou acréscimo de apenas 3,82% na semana. Ao longo do mês, as elevações foram ainda maiores: 40% para o comercial nota 7, seguido do comercial nota 8, que obteve elevação de 35,83% em setembro. O carioca extra aumentou 32,03%, enquanto o carioca especial apresentou alta de 32,14%.
Segundo o analista de Safras Jonathan Staudt Pinheiro, o mercado apresentou elevações consecutivas devido à oferta reduzida. Passado o período da terceira safra e com a demanda constante, o preço sobe consideravelmente. "A tendência segue de alta até a entrada do feijão primeira safra", projeta Pinheiro.
Entretanto, o analista lembra ainda que existe temor em relação a uma entrada concentrada do feijão que segue estocado à espera de comercialização, uma vez que os preços baixos fizeram os produtores esperarem o melhor momento de vender. Devido às altas do mês passado, a variação anual reduziu o declínio significativo, somando agora queda de 3,81%, enquanto o carioca especial não apresentou diferença ante o preço que era ofertado no ano.
Preto - O mercado de feijão preto segue calmo e lateralizado, não apresentando variação para nenhuma nota no decorrer da semana e do mês. O preço do feijão preto extra segue em média a R$ 137,50 a saca de 60 quilos, 6,8% inferior em relação ao mês passado e 18% inferior se comparado com o mesmo período do ano anterior.
Já o feijão preto especial apresenta preço médio de R$ 122,50 a saca, cotação 2% inferior à praticada no mês anterior e 20% menor do que no mesmo período de 2013.
O analista Jonathan Staudt Pinheiro comenta que os importadores de feijão preto da Argentina pressionaram por uma alta por causa dos reajustes do dólar, porém não obtiveram sucesso, e os vendedores que possuem feijão preto argentino armazenado na zona cerealista não estão fazendo muita questão de vender na expectativa de conseguirem aumento substancial de preço.
Veículo: Diário do Comércio - MG